Apresentação: As Unidades de Saúde do Sistema Único de Saúde fornecem minimamente, seis consultas de pré-natal durante a fase gestacional, sendo realizadas com intervalos preestabelecidos e respeitando a idade gestacional, durante a consulta é realizada uma anamnese e exame físico completo, direcionado a gestante e ao bebê, se faz o preenchimento da carteira da gestante, testagem rápida para infecções sexualmente transmissíveis, solicitação de exames de rotina, ultrassonografia transvaginal e ecocardiograma fetal. Toda gestante tem direito a ser acompanhada em suas consultas de rotina e consequentemente na sala de parto, inclusive gestantes com deficiência auditiva. Este trabalho tem como objetivo relatar a experiência de intérprete de LIBRAS no acompanhamento de gestante surda durante o período perinatal. Desenvolvimento: Trata-se de relato de experiência vivenciada durante a pandemia da Covid-19, como acadêmica de enfermagem e intérprete de LIBRAS, com a finalidade de mediar a comunicação entre a gestante surda e os profissionais de saúde nas consultas de pré-natal e acompanhamento do parto em bloco cirúrgico de um hospital de pequeno porte da região noroeste do estado do RS, Brasil. Resultados: Identificou-se uma barreira comunicacional da equipe de saúde durante o contato com a gestante surda no serviço e o desconhecimento de leis que amparam a comunidade surda no direito em obter acompanhante e um tradutor intérprete durante a internação. Nesta vivência, não foi permitida a presença do acompanhante durante o parto, constatando-se a negligência e a falta de conhecimento sobre este direto da comunidade surda. Considerações finais: Ofertar a assistência de saúde por meio do recurso da LIBRAS, é essencial para que a usuária surda compreenda sobre as fases e o desenvolvimento da gestação, agravos prevalentes na gestação e visando a promoção de um parto seguro para o binômio mãe-bebê.