Introdução: A educação em saúde desempenha um papel crucial na promoção do bem-estar, especialmente entre populações vulneráveis e em questões de gênero. Com o avanço da tecnologia, mídias e plataformas online emergiram como ferramentas poderosas, desenvolvendo um papel significativo para disseminar informações e promover saúde de forma acessível e eficaz. Ao explorar o potencial das redes sociais, observa-se uma gama de possibilidades, ofertadas para disseminar conhecimento sobre prevenção e cuidado, que impactam positivamente a saúde das populações, quando direcionado corretamente. Objetivo: Refletir e relatar sobre a relevância das mídias e das plataformas digitais como ferramentas para a educação em saúde, com foco em questões de gênero e populações vulneráveis. Desenvolvimento: Relato de experiência realizada entre janeiro à maio de 2024, apoiado por uma reflexão teórica acerca de uma iniciativa de educação em saúde digital direcionadas à estudantes e profissionais da saúde, a fim de identificar estratégias eficazes e desafios enfrentados. Participaram dessa atividade, os membros do Grupo de Ensino, Pesquisa e Extensão em Gênero, Vulnerabilidade e Cuidados em Saúde (GENVULC), os quais planejam, executam e publicam informações educativas - em acesso aberto, nas redes sociais populares no país - acerca dos cuidados em saúde com temáticas relevantes sobre questões de gênero e saúde de populações vulneráveis. Resultados: As temáticas abordadas pelo GENVULC, no ano de 2024, dizem respeito a assuntos discutidos coletivamente em grupo de estudo e virtualmente via grupo de Whatsapp. Exemplificam-se como temas tratados o mês de conscientização sobre a endometriose, o dia internacional da visibilidade trans, dia mundial da conscientização sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), dia dos povos originários do Brasil, a campanha “abril pela segurança do paciente” e “maio furta-cor”. Ainda, recentemente pôde-se utilizar o espaço para publicar e divulgar informações sobre saúde para os refugiados climáticos atingidos pelas enchentes no estado do Rio Grande do Sul. A partir das interações realizadas via redes sociais pôde-se observar a atuação das mídias e plataformas digitais como ofertantes de oportunidades significativas para alcançar e engajar profissionais, populações vulneráveis e grupos específicos em questões de saúde. A acessibilidade, a interatividade e a capacidade de personalização dessas ferramentas as tornam especialmente eficazes na disseminação de informações e na promoção de saúde coletiva e comportamentos saudáveis. Além disso, observa-se que abordagens sensíveis ao gênero são essenciais para garantir a relevância e eficácia das intervenções de saúde digital. Considerações Finais: Utilizar plataformas digitais na educação em saúde representa uma oportunidade promissora para reduzir disparidades de saúde, especialmente em questões de gênero. No entanto, para garantir que essas ferramentas sejam acessíveis, democráticas e eficazes para todos os grupos, é crucial reconhecer e enfrentar os desafios, como a exclusão digital de populações vulneráveis e a desinformação disseminada por pessoas sem expertise em temáticas da saúde. Investimentos contínuos em pesquisa, desenvolvimento e implementação de estratégias de saúde digital sensíveis ao tema são necessários para maximizar o potencial dessas ferramentas na promoção da saúde, no empoderamento de comunidades vulnerabilizadas e no combate à disseminação de informações falsas.