COLHENDO FRUTOS: CAPTURAS DO APOIO INSTITUCIONAL NO PROCESSO DE PLANEJAMENTO REGIONAL INTEGRADO

  • Author
  • Fabiane Lima Simões
  • Co-authors
  • Maria Angélica Carvalho Andrade
  • Abstract
  •  

    A fragmentação das ações e serviços de saúde representa um grande desafio para o Sistema Único de Saúde (SUS), fragilizando sua capacidade de resposta, comprometendo a integralidade da atenção. A superação da lógica fragmentada passa pelo fortalecimento da Regionalização, a partir do Planejamento Regional Integrado (PRI) como base técnica, promovendo a organização do sistema em rede. Difundir práticas, experiências e desafios do Apoio Institucional, como estratégia potente de gestão, pode colaborar com pessoas, coletivos e projetos que operam no processo de PRI, integrando ações e serviços, rompendo a fragmentação, impulsionando a Regionalização. A experiência que propomos relatar teve por objetivo compartilhar síntese de aprendizagem na função Apoio Institucional a grupo de trabalho regional, para o desenvolvimento do PRI em uma Região de Saúde, no âmbito do Projeto Fortalecimento da Governança, Organização e Integração da Rede de Atenção à Saúde, fortalecendo a gestão municipal e coordenação estadual do PRI, aprimorando a governança regional, sob o olhar e impressões do apoiador institucional, profissional da área da saúde, sujeito implicado ao processo e ao sistema institucional, com possibilidade de articular e integrar a execução do projeto com a operacionalização do processo de PRI. A experiência desenvolveu-se tendo como ponto de partida, a contratação de bolsistas para atuarem na função apoio ao grupo de trabalho regional e ponto de chegada a produção de uma proposta de organização da Rede de Atenção à Saúde Materna e Infantil (RAMI) regional. O trabalho foi executado nesse grupo, com equipe técnica das secretarias municipais e Secretaria Estadual de Saúde (SES/ES), tanto a nível central e nível regional, para suporte técnico e informações em saúde na elaboração da Análise da Situação de Saúde (ASIS) regional e organização da RAMI. Nesse percurso, o apoiador promoveu encontros periódicos presenciais e virtuais com o grupo, gerando intervenções, produto das reflexões e interação entre as encomendadas do projeto e seu desenvolvimento no campo de intervenção regional, ao mesmo tempo que as demandas do campo eram levadas para a gestão. O desafio foi construir a identidade regional, à medida que as experiências trazidas pelos membros do grupo se remetiam a seus territórios municipais e estadual. O apoiador participou de outros espaços de planejamento, compartilhando intencionalidades o que possibilitou ampliar o olhar sobre o PRI. O ambiente virtual contribuiu para maior participação do grupo, considerando poucos recursos para deslocamentos e volume de agendas. Para o apoiador, maior participação nas agendas estratégicas da SES/ES, com temas como parametrização e programação das ações e serviços de saúde e articulação com áreas técnicas da assistência e vigilância. Os efeitos puderam ser percebidos na maior interação, pertencimento regional do grupo e atuação na função apoio, contribuindo para mitigar o desafio inicial, a construção da identidade regional. Como considerações finais, à medida que exaustivas discussões e pactuações contemplaram o reconhecimento das necessidades do território regional, sugere-se contribuir para superar as fragilidades no apoio técnico para a região, baixa institucionalidade do PRI e pouca percepção dos municípios para um olhar integrado na região.

  • Keywords
  • Planejamento Regional Integrado; Regionalização; Sistema Único de Saúde.
  • Subject Area
  • EIXO 3 – Gestão
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