Apresentação: Ao longo da nossa história, a atividade física sempre esteve presente na rotina da humanidade, associado a dança e exercícios corporais rudimentares ritmados, de modo que com os avanços da sociedade e transformações culturais, a atividade física passou a ser um estilo de vida e primordialmente atrelado à saúde. Atualmente existem diversas estratégias sendo desenvolvidas para uma prática da atividade física regular na saúde do idoso, contribuindo na prevenção de doenças e promoção da saúde. Principalmente, nesta população que é mais vulnerável aos problemas decorrentes do processo de envelhecimento e problemas de saúde mental. Este trabalho tem por objetivo relatar uma experiência obtida através da inserção da prática de diferentes atividades físicas no grupo de idosos que apresentavam algum transtorno depressivo ou isolamento social.
Desenvolvimento: Baseado na práxis do eixo educação permanente vs trabalho, o provimento das equipes multiprofissionais ampliadas do Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação do Estado do Espírito Santo – ICEPi de Vitória/ES, constituída por Assistente Social, Psicólogo, Fisioterapeuta, nutricionista e Farmacêutico, vem desenvolvendo diversos trabalhos no eixo da saúde mental nos diferentes territórios em um município do norte do Espírito Santo. No mês de abril/2023 foi trabalhado a temática da Saúde do Idoso, na qual foi consolidada fundamentação teórica e aplicado na prática cotidiana uma abordagem voltada à inserção da atividade física. Os profissionais da Atenção Primária à Saúde integraram mulheres idosas ao grupo de dança, bordados, cantigas de roda, equoterapia para aquelas que demonstraram interesse em resgatar memórias afetivas, gincanas, atividades esportivas. Todas realizadas em uma área aberta e em contato com a natureza, proporcionando integração social e práticas integrativas.
Resultados: Observou-se uma melhora das participantes em relação ao bem-estar emocional, pois relataram estar mais felizes quando estavam participando destas atividades. Outras identificaram que houve uma melhora na relação interpessoal, visto que ampliaram a rede de apoio ao quebrar o isolamento social. Foi possível observar redução nas idas às Unidades Básicas de Saúde, podendo inferir que na maioria das vezes eram momentos que se sentiam sozinhas e sem amparo psicológico, restando o uso dos serviços no território. Outras mulheres relataram melhora na memória, pois estavam conseguindo realizar as tarefas do cotidiano sem o auxílio de lembretes, o que antes da prática física não acontecia.
Considerações finais: Portanto, as dimensões da atividade física e o estado de saúde mental estão associados, pois permite inferir que os idosos que praticam atividade física poderão minimizar os indicadores de depressão e demência. Por fim, se faz necessário manter-se ativo e que a prática de atividade física amplia o convívio social, favorece o enfrentamento de transtornos depressivos e a conscientização aos movimentos corporais.