Apresentação: O deficiente auditivo enfrenta dificuldades no que tange a inclusão social, tendo em vista que a audição e a verbalização são meios essenciais para se comunicar. Dessa forma, um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS) denota a universalidade, ou seja, é dever dos profissionais de saúde garantir um atendimento com acessibilidade e, a Constituição Federal de 1988 afirma que todos os cidadãos brasileiros têm os direitos e as garantias fundamentais que os permitam viver em sociedade.
Em meio a um mundo tecnológico, onde o saber da medicina não deve ser limitado apenas aos meios físicos, mas aos tecnológicos também, faz parte da formação e educação médica ter o conhecimento básico dos aplicativos disponíveis para auxiliar na acessibilidade e o atendimento humanizado aos pacientes que apresentam deficiência auditiva, seja congênita ou adquirida.
Hodiernamente, o Brasil tem como linguagem para comunicação de maneira legalizada a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) que foi assegurada pela Lei Federal nº 10.436/02. Entretanto, é de saber que nem todos os profissionais da área da saúde tem o conhecimento que os possibilitam uma comunicação de maneira clara e que possam esclarecer e conduzir o atendimento de maneira adequada. Portanto, tal relato de experiência tem como objetivo expor a eficácia da tecnologia no atendimento humanizado para surdos na atenção básica na cidade de João Pessoa.
Desenvolvimento do trabalho: O respectivo estudo qualitativo, descritivo, trata-se de um relato de experiência. O atendimento ocorreu no mês de março na cidade de João Pessoa - Paraíba, na Unidade Básica de Saúde, com a presença da médica, de uma agente comunitária de saúde e estudantes de medicina do 7° período da Afya Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba. O atendimento ocorreu com um casal de deficientes auditivos e recebeu o auxílio tecnológico do aplicativo “Hand Talk”.
Resultados: O princípio da Universalidade no SUS está relacionado a promoção de saúde como um direito universal a todas as pessoas, independente de sexo, raça ou ocupação, inclusive indivíduos com necessidades especiais. Mediante todas as barreiras que o indivíduo com deficiência visual enfrenta, a porta de entrada desse indivíduo é a partir da atenção primária, faz-se essencial estabelecer estratégias de atendimento que devem ser implementadas e reproduzidas no dia a dia.
Ademais, compreende-se a necessidade da equipe da atenção básica saber identificar, manejar e direcionar esses pacientes para sua devida inserção no SUS, evitando minimizar as barreiras impostas pela sociedade com o indivíduo com deficiência auditiva. Sendo assim, foi percebido que as equipes devem se preparar ainda mais para o atendimento de pacientes com necessidades especiais, visando garantir o princípio da universalidade.
Considerações finais: Por meio desta experiência, pode-se perceber a dificuldade que os pacientes enfrentam quando necessitam de um atendimento. Logo, há uma grande necessidade de treinamentos por parte da equipe de saúde, utilizando como ferramenta a tecnologia para melhor comunicação no atendimento humanizado aos usuários com deficiência auditiva.