ROPRIEDADES TERAPÊUTICAS DA “folha gorda” NA HIPERTENSÃO ARTERIAL
INTRODUÇÃO: a Hipertensão Arterial (HA) é uma das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs) que mais acomete pessoas no mundo. Em 2019, 1.3 bilhões de pessoas possuíam o diagnóstico de HA, no Brasil, esse número era de 38,1 milhões. As plantas medicinais podem ser uma das principais fontes para o tratamento das DCNTs, desde que seu uso seja de forma segura e complementar a fármacos. A planta de nome científico Anredera cordfiolia, conhecida popularmente como folha gorda, é uma espécie nativa do Brasil, conhecida principalmente pelo seu potencial nutricional, sendo reconhecida como uma Planta Alimentícia Não Convencional (PANC). OBJETIVOS: mapear as propriedades terapêuticas da “folha gorda” na HA em estudos laboratoriais com seres humanos, animais e modelos celulares. MÉTODO: Revisão de Escopo, a qual foi desenvolvida por meio da questão de revisão: quais as propriedades terapêuticas da “folha gorda” na Hipertensão Arterial em estudos laboratoriais com seres humanos, animais e modelos celulares. A revisão iniciou com o desenvolvimento de um protocolo, elaborado tendo como base as orientações do JBI Manual for Evidence Synthesis. O protocolo está registrado na plataforma Open Science Framework sob identificação: DOI 10.17605/OSF.IO/HKZXB. Os critérios de seleção foram: estudos realizados com seres humanos, animais e/ou modelos celulares; estudos que abordassem as propriedades terapêuticas da planta na HA; estudos experimentais desenvolvidos em contexto laboratorial; estudos primários publicados em qualquer idioma; não foi estabelecida delimitação geográfica ou recorte temporal. A busca foi realizada nas fontes de dados: Medline via Pubmed, Scopus e Web of Science. RESULTADOS: a amostra total foi de 6 artigos. Os efeitos evidenciados nos estudos foram efeito vasodilatador, diminuição da frequência cardíaca, redução da pressão arterial sistólica, redução da pressão arterial diastólica, redução da pressão arterial, aumento dos níveis de óxido nítrico e presença de propriedades diuréticas. CONCLUSÃO: a revisão de escopo permitiu conhecer e mapear as evidências sobre as propriedades terapêuticas da “Folha gorda” na HA. A utilização da planta, por meio do extrato etanólico de suas folhas, mostrou-se eficaz no tratamento da HA, tendo em vista que reduziu a pressão arterial sistólica, diastólica e a pressão arterial total. Entende-se que as plantas medicinais são um possível recurso terapêutico a ser utilizado na prática assistencial e a realização de pesquisas sobre a temática na área da enfermagem poderão fornecer subsídios para o uso seguro destas. Com isso, acredita-se que o presente estudo poderá contribuir para a realização de novas pesquisas sobre as propriedades terapêuticas da planta “folha gorda”.