Apresentação:
Este trabalho apresenta a pesquisa realizada com os trabalhadores e gestores das equipes de Consultório na Rua (eCR) do DF. O objetivo da pesquisa foi o de analisar o processo de trabalho das eCR do DF e suas práticas, para ao final propor uma agenda pública para os trabalhadores e gestores das eCR.
Desenvolvimento do trabalho:
A metodologia da pesquisa foi composta por entrevistas com gestores da SES DF (5) e trabalhadores das eCR/DF (21), além da realização de um Café Mundial (com gestores e trabalhadores das eCR – 24 no total), para discutir o processo de trabalho e as práticas das eCR, no DF.
Resultados:
Com base nos resultados, foram propostas recomendações para uma agenda pública para gestores e trabalhadores das eCR, com destaque para:
Gestão da eCR
Construir uma agenda periódica com todas as eCR, para ser um espaço de trocas, pautadas na perspectiva da EPS.
Constituir fóruns territoriais de saúde mental.
Criar um grupo de trabalho para construção de indicadores de processo e resultado.
Trabalhadores das eCR
Ampliar as ofertas de cuidado coletivo.
Organizar ações sistemáticas de matriciamento entre os trabalhadores da eCR e a rede de saúde intersetorial.
Fomentar que a eCR seja espaço de formação para o SUS.
Mapear as demandas de pesquisa.
Considerações finais:
Reforça-se como uma direção geral para os Consultórios na Rua/DF, que a palavra “sensibilizar” tão citada no percurso da pesquisa possa ser acrescida da palavra “instrumentalizar”, no sentido de que as eCR possa apoiar as demais equipes de Atenção Primária à Saúde, para que estejam mais preparadas para assumir a responsabilidade sanitária de cuidar da população em situação de rua. Do mesmo modo, a palavra “acesso” que demonstrou já se constituir como um avanço promovido por esta política pública possa ser agregada às palavras “resolutividade” e “qualidade”.