Apresentação: O câncer de colo de útero tem altas taxas de mortalidade, se tornando o quarto tipo de câncer que mais mata mulheres em todo o mundo. Por outro lado, também é uma doença que pode ser controlada com o rastreamento efetivo, resultando em um diagnóstico precoce e posterior tratamento da doença, que na maioria dos casos evolui para a cura da paciente. Porém, existem variações na cobertura do exame preventivo nas diferentes localidades brasileiras, que impactam em diferentes padrões de mortalidade que precisam ser entendidos para o desenvolvimento de políticas públicas mais assertivas. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar a mortalidade por câncer do colo do útero na cidade de Barreiras, na Macrorregião de Saúde Oeste e na Bahia no período de 2012 a 2021. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de estudo ecológico, descritivo, onde foram analisados os dados dos óbitos de mulheres, a partir do Sistema de informação de Mortalidade (SIM), cuja causa foi o câncer do colo de útero. Foram calculadas as taxas de mortalidade para cada localidade e ano e as frequências absolutas e relativas das variáveis em estudo. Resultados: O estudo indica aumento nas taxas de mortalidade por câncer de colo de útero em Barreiras, Macrorregião de Saúde Oeste e Bahia, no período entre 2012 a 2021, com taxas de mortalidade de 53,23, 54,85 e 56,06 óbitos por 100.000 mulheres, respectivamente. Também foram descritas as características sociodemográficas dos óbitos, sendo mais frequente em mulheres na faixa etária acima de 65 anos ou mais, casadas, pretas/pardas, com ensino fundamental (5ª a 8ª série) predominantemente e com ocorrência dos óbitos em ambiente hospitalar. Considerações finais: Os resultados desse estudo podem indicar uma possível falha na cobertura dos exames preventivos, com consequente diagnóstico tardio e aumento do risco de óbito, evidenciando a necessidade de aprimorar as políticas públicas desenvolvidas para as mulheres.