Introdução: no contexto da pandemia da COVID-19, como estratégia para diminuir a propagação do vírus, houve a submissão das pessoas a um isolamento social. Tal cenário propiciou um aumento nos casos de violência contra a mulher, uma vez que a vítima permanecia mais tempo no mesmo ambiente que o agressor e o acesso às redes de proteção e apoio era reduzido. Objetivo: identificar a prevalência de violência entre mulheres isoladas socialmente em decorrência da pandemia da COVID-19. Metodologia: trata-se de um estudo transversal, com abordagem quantitativa e de caráter descritivo, realizado com 510 mulheres residentes de uma cidade do interior da Paraíba. Adotou-se como critérios de inclusão: mulheres maiores de 18 anos e residentes no município de Campina Grande - PB e, como critérios de exclusão, aquelas que assinalaram não permanecer isoladas durante a pandemia. A coleta de dados se deu através de divulgação digital e da aplicação de um formulário eletrônico. A pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética em pesquisa do Centro de Ensino Superior e Desenvolvimento (CEP/CESED), sob parecer de nº 4.126.107. Resultados: observou-se prevalência de violência em mais de 60% da amostra selecionada. Nesse contexto, enfatiza-se a predominância de violência geral (61,3%), violência psicológica (61,3%) e violência física menor (8,6%). Conclusão: no período pandêmico, embora o número de registros de violência contra a mulher tenha decrescido, percebe-se uma problemática mascarada e perpetrada de acordo com a situação de restrição da vítima ao lar, circunstância que acentua esse fenômeno. Isto posto, torna-se necessário a manifestação do conhecimento acerca do tema, bem como ações de forma intersetorial pelo Poder público e pela sociedade civil para o enfrentamento desta realidade.
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