O câncer tem um forte impacto sobre os indivíduos acometidos, levando em conta fatores psicoemocionais e familiares, e dispor de uma equipe estritamente capacitada para o manejo desses pacientes é de suma importância para uma sobrevida considerável no setor de oncologia. O câncer, em sua diversidade de tipologia, tem sido uma das doenças com elevado índice de mortalidade, causada pela multiplicação anormal das células da mama, que forma um tumor maligno. Pode surgir em qualquer parte do corpo, entretanto, alguns órgãos podem ser mais afetados com maior ou menor agressividade da doença. Para o triênio 2023-2025 a estimativa é de 704 mil casos novos de câncer.
Uma das patologias de maior incidência de morte, excluindo o câncer de pele não melanoma, a incidência foi 17% (185,61) maior em homens do que em mulheres, com 154,08. Quando o paciente é diagnosticado com câncer ocorre um misto de transformações, mudanças emocionais, físicas e sociais que acabam por serem inevitáveis.
O objetivo do estudo foi analisar o conhecimento e percepções de uma equipe multiprofissional sobre cuidado paliativo oncológico no setor de oncologia de uma instituição hospitalar.
O desenvolvimento do trabalho com o método foi realizado com um estudo do tipo transversal, em um Hospital do município de Linhares, localizado na região Norte do Espírito Santo, sendo a população de estudo constituída por 62 profissionais, e da equipe multiprofissional do setor de oncologia, sendo composta por: médicos, enfermeiros, psicólogo, assistente social, fisioterapeuta, nutricionista; farmacêutico e técnicos de enfermagem que participavam na assistência dos pacientes oncológicos. As variáveis foram expressas em frequências absolutas e relativas. O projeto possuiu aprovação do hospital através por carta de anuência da direção do hospital e aprovação do comitê de ética em pesquisa.
Nos resultados observou-se que é importante o conhecimento dos profissionais sobre os cuidados paliativos e o apoio espiritual e familiar, os princípios éticos, o processo de adoecimento e morte, assim, notou-se que 79,03% dos entrevistados não receberam informação suficiente durante a formação sobre o controle de sintomas mais comuns em pacientes em cuidados paliativos. Outro destaque é o fato de que 66,13% alegaram que não aprenderam durante a formação ferramentas de comunicação e postura para dar más notícias
aos pacientes e familiares.
As considerações finais com conclusão do estudo foi que os profissionais possuem conhecimento sobre cuidados paliativos em oncologia, entretanto, ações são necessárias para aprimorar o conhecimento específico sobre o tema, tanto no âmbito laboral, e especialmente durante sua formação. Necessário a implantação urgente da Política Pública de Cuidados Paliativos aprovada recentemente em dezembro de 2023. Solicitar a implantação nas instituições de ensino de graduação da área de saúde, que tenham na sua grande disciplina a temática dos cuidados paliativos, fomentando a importância do conhecimento dos profissionais em se tratar do futuro da sociedade no seguimento da assistência em saúde.