O ambulatório dermatologia da Universidade Católica de Pelotas teve 9 pacientes submetidos ao teste de contato em 2023. Nesse resultado, compreende-se uma idade mínima de 33 anos e uma máxima de 76 anos, sendo a média de 51,12 anos. Houve prevalência no sexo feminino. O fototipo com maior predominância foi o II (5). Aproximadamente 66% dos pacientes são procedentes de Pelotas e 100% deles residentes em Pelotas. Cerca de 33% dos pacientes eram do lar, sendo essa a profissão mais predominante. Ainda, 77% possuía histórico pessoal e 66% histórico familiar de atopia. Em relação à adição de tabaco e álcool, 33% eram tabagistas e 22% eram etilistas. Direcionado às doenças crônicas, aproximadamente 55% possuíam hipertensão arterial e 22% possuíam Transtorno de Ansiedade Generalizada. Dentro das atividades extralaborais, cita-se: natação, cuidar de idosos, reformas e contato com animais de estimação. Quando questionados sobre uso de equipamentos de proteção, 88% responderam fazer uso, mais de 75% utilizavam luva, 30% utilizavam máscara e 10% utilizavam óculos, touca ou jaleco. Sobre a higienização das mãos, 66% realizava apenas água ou água e detergente. Direcionado a localização inicial das lesões, 66% apresentavam nas mãos, face, ombros e antebraço. A localização atual das lesões incluiu mãos, dorso, face e antebraço. A suspeita diagnóstica teve relevância em 88% dos testes aplicados, tendo apenas um teste sem resultado positivo para as substâncias aplicadas. Dessa forma, os resultados mostraram que as substâncias de número 7 (sulfato de níquel), 33 (tetracloropaladato de sódio), 37 (metilisotiazolinona) foram as mais prevalentes, representando 33% dos resultados positivos. Já as substâncias 5 (cloreto de cobalto), 27 (fragrâncias Mix II) e 26 (metildibromo glutaronitrilo) representaram 22% dos casos em nossos pacientes. Os demais materiais testados somam um total de 10%. Esses componentes estão presentes em diversos produtos como antibióticos, plantas e conservantes. Portanto, com a aplicação desse teste foi possível diagnosticar em diversos pacientes quais eram suas substâncias sensibilizantes, a fim de diminuir a exposição e, consequentemente, as crises de eczema, melhorando a qualidade de vida e promovendo educação em saúde com a orientação da leitura de rótulos durante a consulta.