Apresentação: A Saúde Coletiva é um pilar fundamental no entendimento da atuação do sistema de saúde de um país, destacando-se no Brasil pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Conhecer o fluxo da funcionalidade do SUS é essencial para garantir uma prestação de serviços eficaz e equitativa, além de compreender as Redes de Atenção em Saúde e as linhas de cuidado, que permitem uma abordagem mais integrada e coordenada, promovendo um cuidado integral ao paciente, contemplando todos os princípios do SUS. Nessa perspectiva, infere-se que tal abordagem didática foi ministrada durante o decorrer da disciplina de Saúde Coletiva II, a qual faz parte da grade curricular do curso de Medicina da Faculdade Federal do Amazonas. Desenvolvimento: Durante a disciplina de saúde coletiva II, os alunos participaram de uma experiência enriquecedora ao serem imersos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e Unidades de Saúde da Família (USF) pré-selecionadas pelos docentes. Nessa imersão, os estudantes tiveram a oportunidade de explorar todos os setores da unidade e de dialogar brevemente com diversos profissionais, incluindo médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e demais servidores. Essas interações proporcionaram relatos valiosos sobre o funcionamento e os desafios enfrentados pelas unidades. Destacou-se a ampla oferta de serviços disponíveis, que incluíam atendimento pré-natal, tratamento de doenças crônicas como hipertensão e diabetes, cuidados paliativos ao pé diabético, tratamentos para doenças infecciosas, distribuição de vacinas, consultas médicas e encaminhamentos a outras especialidades dentro do sistema. Evidenciou-se, também, o trabalho intenso de buscativa dos agentes comunitários aos usuários no território, sendo de extrema relevância para o rastreamento de comorbidades presentes na comunidade atendida. A aprendizagem enriqueceu o conhecimento dos alunos sobre a saúde pública local, ampliando o conhecimento adquirido previamente em sala de aula, e destacou a importância da integração entre profissionais e serviços para garantir uma atenção de qualidade à comunidade. Resultados: Observaram-se que os desafios nas UBS e USF incluem falta de encaminhamentos corretos, recursos limitados, como testagem rápida para doenças infecciosas e glicosímetros, bem como as dificuldades na localização de pacientes pelos agentes comunitários. Nesse sentido, constata-se a urgência de investimentos e políticas públicas para fortalecer a atenção primária e superar tais obstáculos na saúde coletiva. Considerações finais: Depreende-se, portanto, a importância da atenção primária no sistema de saúde, caracterizando-se como a porta de entrada do usuário ao SUS, tal como sua trajetória que permeia por outros níveis de atenção, favorecendo prevenção e diagnóstico precoce. A resolução dos desafios encontrados são essenciais para promover a saúde e o bem-estar da população, garantindo um sistema mais eficiente, equitativo e acessível para todos. No decorrer da disciplina ministrada entende-se que é na atenção primária que se estabelece o primeiro contato do paciente com o sistema de saúde, sendo crucial o manejo adequado nesse nível de atenção para garantir uma abordagem preventiva, diagnósticos precoces e encaminhamentos adequados, contribuindo assim para a promoção da saúde coletiva e o bem-estar da população.