INTRODUÇÃO: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) são transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual sem o uso de preservativo, com uma pessoa infectada. Entre os jovens, destacam-se as seguintes ISTs: sífilis, herpes genital, gonorreia, HPV, HIV/aids, clamídia, tricomoníase, além da hepatite B e C, que podem evoluir para graves complicações. Nas últimas décadas, tem-se observado um aumento alarmante na incidência dessas infecções nesse grupo demográfico. Segundo pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), tem-se observado no Brasil um aumento considerável de casos entre jovens com idade entre 15 e 29 anos, o que tem desafiado os sistemas de saúde, pois representam um grave problema de saúde pública. Assim, são necessárias medidas preventivas para diminuir os casos de ISTs entre a população jovem, a fim de promover qualidade de vida para essa população. OBJETIVO: Refletir sobre estratégias para lidar com o aumento dos casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) entre jovens. DESENVOLVIMENTO: O aumento dos casos de ISTs entre a população jovem pode ser influenciado por diversos fatores e causas, dentre eles: a falta de educação sexual adequada, o que resulta em falta de conhecimento sobre a prevenção de ISTs e práticas sexuais seguras; acesso limitado a serviços de saúde sexual, devido a barreiras como custo e estigma, além da falta de serviços para jovens, o que impede o acesso a testes, aconselhamento e tratamento de ISTs; por fim, tem-se o comportamento sexual de risco, visto que o uso inconsistente ou inexistente de preservativos, múltiplos parceiros sexuais e consumo de álcool e drogas estão associados a um maior risco de contrair ISTs entre jovens. Assim, são necessárias medidas estratégicas de intervenção, como: educação sexual abrangente, a partir de programas educacionais que incluam informações precisas sobre prevenção, consentimento, contracepção e aconselhamento; o acesso facilitado a serviços de saúde sexual, como oferta de serviços de saúde sexual acessíveis, incluindo testes gratuitos de ISTs, contracepção e aconselhamento; o engajamento comunitário a partir do envolvimento de líderes comunitários, escolas, pais e jovens na promoção de comportamentos sexuais saudáveis e na redução do estigma em torno das ISTs; desenvolvimento e implementação de campanhas de mídia e redes sociais direcionadas aos jovens, destacando a importância da prevenção de ISTs e promovendo a busca por serviços de saúde sexual. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Diante dos desafios presentes no aumento de casos de ISTs entre a população jovem, é de suma importância adotar medidas preventivas abrangentes para enfrentar essa questão de saúde pública. Além disso, é necessário um compromisso coletivo com a saúde dos jovens. Outrossim, é necessária uma ação multiprofissional que combine educação, acesso aos serviços de saúde, redução do estigma e engajamento comunitário.
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