O Sistema Único de Saúde (SUS) possui a responsabilidade de ordenação da formação em saúde, sendo campo de prática de ensino de cursos técnicos, de graduação e de pós-graduação. Nessa perspectiva, os preceptores são profissionais que possuem competência técnica e pedagógica para relacionar a prática com a teoria dentro do serviço de saúde, contribuindo para a formação de profissionais capacitados para atender às necessidades do SUS; portanto, são fundamentais para a integração ensino-serviço. Considerando a importância do preceptor para o serviço de saúde, conhecer seu perfil sociopedagógico possibilita o reconhecimento das necessidades profissionais e pedagógicas, para que sejam elaboradas medidas que fortaleçam a integração e a melhoria no processo de aprendizagem na rede. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho é relatar o processo de elaboração de um formulário para identificação do perfil sociopedagógico dos preceptores do SUS-BA, realizado por residentes da Escola de Saúde Pública da Bahia. Inicialmente, realizou-se uma reunião com representantes da Coordenação de Residências em Saúde e Formação em Serviço (CORES), Coordenação de Integração da Educação e Trabalho na Saúde (CIET), Coordenação Pedagógica, Estudos, Pesquisa e Tecnologias Educacionais (COPEPTE) e com os Residentes do Programa de Residência Multiprofissional em Gestão da Educação e do Trabalho na Saúde, por solicitação da Superintendência de Recursos Humanos (SUPERH) da Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), para apresentação da proposta, discussão das ferramentas que seriam utilizadas para obtenção das informações desses trabalhadores e elaboração do repertório das informações que seriam solicitadas. Em seguida, construiu-se o formulário através da plataforma Google Forms, para posteriormente a realização de uma reunião para apresentação e validação para as coordenações da Escola. A ferramenta foi desenvolvida de modo a garantir que as informações coletadas atendam às necessidades de ordenamento da preceptoria da SUPERH e das coordenações da ESPBA, sendo assim, elaborou-se o formulário em seções para melhor organização dos elementos, com a função de otimizar o preenchimento e o fornecimento de dados. As seções foram divididas em perfil sociodemográfico, preceptoria e dados gerais, dessa maneira, conseguiu-se obter informações sobre as preceptorias de estágios obrigatórios e não obrigatórios médio-técnico, obrigatórios e não obrigatórios de graduação, além de pós-graduação, residência médica e residência multiprofissional. A articulação entre os diversos setores da SUPERH fortaleceu a construção de uma ferramenta sensível a captar as informações acerca dos preceptores, já que o processo de construção multiprofissional e interprofissional considerou as subjetividades de cada cenário, seja ele o de preceptores na residência, estágio e em curso técnico e/ou de pós-graduação. Outro elemento importante que fortaleceu este processo foi a COPEPTE, coordenação esta que tinha dentro de suas atribuições a utilização de tecnologias para o desenvolvimento do formulário, emissão do link de acesso via web e disponibilização de recursos para a realização da reunião online. A prática da articulação para a experiência da residência, contribuiu com o processo de aprendizado evidenciando a potencialidade do trabalho colaborativo na gestão de processos no SUS.
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