O Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde) é uma ação interministerial do Ministério da Saúde e do Ministério da Educação. A 11ª edição do programa visa fortalecer o processo de integração ensino-serviço-comunidade, articulando o Sistema Único de Saúde (SUS) e as Instituições de Ensino Superior, e contribuir para a formação e valorização de profissionais de saúde do SUS levando em consideração a equidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências. O presente trabalho tem como objetivo descrever sobre a proposta submetida e contemplada em 12º lugar dentre 150 projetos do Brasil, na 11ª edição do PET-Saúde Equidade, pelas proponentes Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e secretarias de saúde dos municípios de Ilhéus e Itabuna. Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa sobre o projeto intitulado “Educação para a equidade e inclusão: construindo estratégias de formação, acolhimento, respeito e valorização de trabalhadoras/es e futuras/os trabalhadoras/es do SUS no Sul da Bahia”, com período de vigência de 2024 a 2026. A proposta tem como objetivo geral proporcionar ações de educação pelo trabalho para a saúde através da educação permanente em saúde como dispositivo para o desenvolvimento de competências e habilidades voltadas à equidade, bem como a valorização das (os) trabalhadoras (es) no SUS, numa perspectiva interprofissional e intersetorial, por meio da articulação ensino-serviço-comunidade. O projeto está estruturado em três eixos e propõe cinco grupos de aprendizagem tutorial (GAT), sendo 3 grupos em Ilhéus e 2 em Itabuna. Cada GAT é composto por 2 tutores, 2 preceptores e 8 estudantes bolsistas dos cursos de Enfermagem, Medicina, Biomedicina, Direito e Ciências sociais. Espera-se que, através deste projeto, seja possível alcançar o fortalecimento do processo de mudança da formação em saúde, considerando as práticas de educação, gestão, atenção e controle social que contemplem o enfrentamento das desigualdades e combate à discriminação, na perspectiva da equidade de gênero, sexualidade, raça, etnia, deficiências, e assim, colaborem para transformação de um ambiente de trabalho mais acolhedor, ético, respeitoso e inclusivo; fortalecimento do processo de integração ensino-serviço-comunidade; produção e divulgação do conhecimento técnico científico; criação de medidas institucionais e tecnologias de cuidado que valorizem as trabalhadoras, trabalhadores e futuras trabalhadoras no SUS no enfrentamento das desigualdades, assédio, violência e discriminação relacionadas ao trabalho no SUS, considerando a equidade de gênero, identidade de gênero, sexualidade, raça, etnia e deficiências; acolhimento no processo de gravidez, parto e puerpério e maternagem no âmbito do trabalho; a promoção da saúde e prevenção do sofrimento mental relacionado ao contexto de trabalho no SUS; e fortalecimento da equidade no SUS a partir do controle social, interlocução com os movimentos e entidades sociais.