PERCEPÇÃO DE ENFERMEIRAS(OS) DO RIO GRANDE DO SUL SOBRE A INSERÇÃO DAS PRÁTICAS INTEGRATIVAS E COMPLEMENTARES NOS CURSOS DE GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM

  • Author
  • Diéssica Roggia Piexak
  • Co-authors
  • Izadora Martins da Silva , Karine Alves da Silva , Marlise Capa Verde Almeida de Mello , Daniela Dallegrave
  • Abstract
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    Apresentação: As Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) são abordagens terapêuticas integrativas e inovadoras para ampliar os cuidados à saúde de maneira humanizada e em uma perspectiva vitalista. A Enfermagem, além de ser uma profissão pilar no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS), tem o objetivo de promover o cuidado de enfermagem e saúde no processo saúde/doença e as PICS contribuem para a ampliação desse cuidado. Objetivou-se conhecer a formação em PICS autorreferidas pelos enfermeiros do Rio Grande do Sul (RS) e analisar a percepção desses profissionais sobre a inserção das PICS nos cursos de graduação em enfermagem. Desenvolvimento: Utilizou dados do estudo multicêntrico intitulado “Estudo Brasileiro: inquérito nacional sobre o perfil educacional e profissional de enfermeiros(as) de Saúde Integrativa e Práticas Tradicionais – ENFPICS”. Os dados analisados foram dos 13 participantes enfermeiros do RS com formação em PICS que participaram da fase qualitativa do estudo. As entrevistas foram realizadas online, com duração média de 30 minutos, durante o segundo semestre de 2022. Utilizou-se um questionário semiestruturado, com 8 questões abertas, sendo utilizadas apenas duas para a análise deste estudo. Os dados de caracterização foram analisados mediante estatística descritiva e os dados das entrevistas foram analisados por meio da Análise Textual Discursiva. O macroprojeto foi aprovado pelo CEP da UFRGS sob CAAE:43306921.6.0000.5347. Resultados: Dos 13 participantes entrevistados verificou-se predominância do sexo feminino (12) e autodeclarados brancos (10). A média de idade foi de 44 anos, com 28 anos o mais novo e 63 anos o mais velho. Todos os participantes entrevistados possuíam pós-graduação e a maioria do tempo de formação foi entre 36 a 60 meses. Das formações e capacitações dos entrevistados, destaca-se com maior recorrência Auriculoterapia (9), Reiki (7), Acupuntura (5) e Medicina Tradicional Chinesa (MTC) (3). De forma unânime, todos os participantes relataram a necessidade de inclusão das PICS nos cursos de graduação, porém suas percepções se subdividem entre a inserção em disciplinas obrigatórias e optativas. Grande parte do grupo acredita na inserção das PICS nos cursos de graduação de modo obrigatório, citam, sobretudo, o reconhecimento da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares e a sua possível atuação no SUS. Outra parte dos entrevistados reconhece a importância das PICS no contexto acadêmico, mas de forma optativa, em que cada estudante optaria por ter ou não contato com as PICS. Outro aspecto apresentado é que posteriormente a graduação, cada profissional formado poderia buscar se especializar na PICS de maior afinidade, pois entendem a diversidade das PICS e consequentemente os interesses particulares. Considerações finais: Todos os participantes acreditam no futuro das PICS dentro da graduação, concluindo que as Universidades precisam possuir, em seu quadro de sequência lógica, a disciplina que, ao menos, introduza as PICS, independente da forma de inserção. Esse resultado pode estar associado à questão de que todos os participantes já possuíam alguma formação em PICS e acreditam na importância desses conhecimentos no nível de graduação. Nesse sentido, outros estudos poderão ser desenvolvidos a fim de compreender outras percepções dessa categoria. 

  • Keywords
  • Perfil profissional, Programas de graduação em enfermagem, Terapias Complementares, Enfermagem.
  • Subject Area
  • EIXO 1 – Educação
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