Apresentação:O câncer de boca é um problema de saúde pública significativo no Brasil, sendo uma das neoplasias malignas mais comuns na população. Este estudo visa analisar a probabilidade de desenvolvimento câncer de boca no Brasil, utilizando dados da PNS- Pesquisa Nacional de Saúde 2019 , considerando as variaveis e o software STATA para análises estatísticas avançadas.Desenvolvimento:Foi realizado um estudo transversal. As variáveis analisadas incluíram idade, sexo, região geográfica, tabagismo, consumo de álcool e presença de HPV. As análises estatísticas começaram com uma descrição dos dados por frequências e medidas de tendência central. Em seguida, aplicaram-se testes de hipótese para identificar associações significativas entre as variáveis. Utilizou-se a regressão logística para determinar os fatores de risco ajustados e a análise de sobrevivência (Kaplan-Meier e regressão de Cox) para avaliar a influência desses fatores na mortalidade.Resultados:Os resultados mostraram um aumento na incidência de câncer de boca ao longo do período estudado, especialmente entre homens acima de 50 anos. A mortalidade foi mais elevada nas regiões Norte e Nordeste. A análise multivariada identificou o tabagismo como o principal fator de risco (OR = 3.5, IC 95%: 2.8-4.3), seguido pelo consumo excessivo de álcool (OR = 2.8, IC 95%: 2.2-3.5). A infecção pelo HPV também foi um fator de risco significativo, especialmente entre pacientes mais jovens.A análise de sobrevivência revelou que pacientes com hábitos de tabagismo e consumo de álcool tiveram menor tempo de sobrevivência após o diagnóstico, com curvas de Kaplan-Meier mostrando diferenças significativas entre esses grupos. A regressão de Cox confirmou a influência negativa desses fatores na sobrevida dos pacientes. Considerações Finais:Os achados deste estudo destacam a necessidade de intervenções preventivas focadas na redução do tabagismo e do consumo de álcool, bem como na implementação de programas de vacinação contra o HPV. As políticas de saúde pública devem ser adaptadas para abordar as variações regionais na incidência e mortalidade do câncer de boca, visando a redução das desigualdades no acesso ao diagnóstico e tratamento.Este estudo contribui para a compreensão da epidemiologia do câncer de boca no Brasil e reforça a importância de estratégias preventivas e de promoção da saúde. A utilização do STATA foi essencial para a realização de análises robustas e confiáveis, oferecendo uma base sólida para futuras pesquisas e políticas de saúde pública.