A IMPORTÂNCIA DO INTERNATO DE SAÚDE COLETIVA PARA A FORMAÇÃO DE ENFERMEIROS

  • Author
  • Julie Stephanny de Souza Gurgel Paranhos
  • Co-authors
  • Beatriz Gonçalves Carvalho , Leila de Fátima Santos , Júlia Pinheiro Campos , Giulia Oliveira Santos , Shirlei Barbosa Dias
  • Abstract
  • APRESENTAÇÃO: No contexto do Sistema Único de Saúde, o enfermeiro desempenha um papel essencial na Atenção Primária à Saúde (APS), como parte da equipe multiprofissional os enfermeiros têm a responsabilidade de liderar e colaborar com outros profissionais de saúde na promoção de práticas de cuidado seguras e eficientes, além de contribuir para uma visão ampliada e integral da saúde. No entanto, o contato com as Unidades Básicas de Saúde (UBS) durante a graduação, muitas vezes, se dá ao final do curso e de forma limitada. Normalmente, os discentes atendem às demandas programadas e específicas, durante meio expediente, em grupos e acompanhados pelo professor, restringindo, assim, o contato com a realidade do serviço e reduzindo a autonomia e a sensação de preparo profissional dos alunos. Nesse sentido, o Internato de Saúde Coletiva para o curso de Enfermagem é fundamental na formação e capacitação dos futuros profissionais para atuação e fortalecimento da APS. Assim, o objetivo é descrever a experiência de acadêmicas de Enfermagem na vivência do Internato de Saúde Coletiva em uma cidade rural. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: O internato de Saúde Coletiva, também conhecido como internato Rural, foi vivenciado pelas discentes de fevereiro a março de 2024, em um município, localizado no centro-oeste mineiro, a pouco mais de 200 quilômetros de Belo Horizonte. Na experiência, as acadêmicas residiram na cidade e foram designadas para duas UBSs, separadamente, onde puderam acompanhar em período integral as enfermeiras responsáveis pelas unidades. A professora responsável pela supervisão das alunas, realizava reuniões para acompanhar o desenvolvimento das competências acadêmicas, objetivando gerar segurança e autonomia às mesmas. No exercício, as discentes conheceram toda a rotina do serviço, identificando as demandas gerenciais e assistenciais. No que tange as ações de competência do enfermeiro, realizaram consultas de Enfermagem eletivas, visitas domiciliares, acolhimento de casos agudos, treinamento da equipe, discussão da situação endêmica regional, ações de educação em saúde e determinação de condutas em lesões. Ademais, as discentes vivenciaram a epidemia da dengue e tiveram que lidar com a escassez de recursos e o grande volume de atendimentos. RESULTADOS: A experiência as permitiu vivenciar o que é ser uma enfermeira da Atenção Primária, lidando com as conquistas e com os desafios, entendendo as complexidades da assistência e da liderança da equipe. As discentes foram desafiadas à busca de conhecimento e aprimoramento de suas habilidades práticas e gerenciais. Para além do âmbito profissional, houve também um considerável crescimento em responsabilidade e empatia, a partir do intercâmbio cultural no convívio com pessoas com pensamentos e modo de viver diferentes. Destaca-se, ainda, o desenvolvimento de uma postura ética frente ao enfrentamento de questões delicadas relacionadas à saúde e bem-estar dos pacientes. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Assim, a experiência do Internato Rural demonstra-se fundamental para formação acadêmica dos enfermeiros, por proporcionar uma imersão integral na realidade da APS, permitindo o aprimoramento de suas capacidades de liderança, tomada de decisão e trabalho em equipe, junto a um grande crescimento tanto nas competências interpessoais quanto técnicas (Soft Skills e Hard Skills).

  • Keywords
  • Internato não Médico, Saúde Coletiva, Enfermagem.
  • Subject Area
  • EIXO 1 – Educação
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