Apresentação: O astrocitoma pilocítico juvenil (APJ) caracteriza-se por ser uma neoplasia circunscrita preenchida por fluido, de evolução lenta, que atinge principalmente o cerebelo, além de regiões como via óptica, tálamo, hipotálamo, tronco cerebral e medula espinhal. Assim sendo, o tumor apresenta-se clinicamente com alterações relacionadas à hipertensão intracraniana e hidrocefalia obstrutiva, como comprometimento motor, epilepsia, papiledema, cefaléia e náuseas. Diante do exposto, e levando em consideração os impactos da neoplasia na vida das crianças, faz-se necessário um melhor entendimento sobre o tema para um melhor atendimento durante a assistência de enfermagem nesse processo. Desse modo, o objetivo norteador da pesquisa é identificar nas evidências científicas, a assistência de enfermagem a crianças com astrocitoma pilocítico juvenil. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de uma revisão narrativa de literatura. Utilizou-se as bases de dados: MEDLINE e LILACS. Aplicando-se o descritor controlado DeCs: ”Assistência de Enfermagem”, ”Astrocitoma Pilocítico Juvenil” e “Neoplasia”. Os critérios de inclusão foram: estudos completos na íntegra e dissertações e que respondem ao objetivo da pesquisa, publicados entre 2018 a 2022. Resultados: Os estudos evidenciaram que a assistência de enfermagem às crianças com APJ é essencial para minimizar os sinais e sintomas dessa doença, uma vez que a equipe de enfermagem deve ficar atenta as infecções mais comuns que são periodontais, vias aéreas superiores, pulmonares, gastrointestinais, cutâneas e perineais que estão relacionadas aos cateteres e sintomas mais inespecíficos como náuseas, vômitos e cefaleia para detectá-las precocemente e atuar no seu controle de prevenção e de um tratamento adequado. De maneira geral, os astrocitomas possuem um prognóstico favorável, com uma sobrevida de até 90% em 10 anos para os pacientes pediátricos e suas modalidades de tratamento são a ressecção cirúrgica, quimioterapia e radioterapia. Nesse contexto, a participação da equipe de enfermagem na assistência desses pacientes é de extrema importância para a sua recuperação e a melhora no quadro de dores. Considerações finais: Os estudos evidenciaram que a atuação da Enfermagem na assistência às crianças com APJ é essencial para minimizar os sintomas e infecções. Apesar do astrocitoma pilocítico juvenil ser um tumor com baixa possibilidade de metástase, o entendimento da sua etiologia e de suas manifestações clínicas se faz necessário para que esta patologia seja, de fato, diagnosticada, de modo a evitar complicações posteriores ao desenvolvimento tumoral e para que o processo de internação não cause um transtorno maior e o auxílio do enfermeiro nessa etapa é de extrema necessidade, tanto para dar um suporte para a família quanto para o paciente, pois crianças que tratam esses tumores requerem uma atenção e cuidados especiais, porque o cérebro e o corpo delas ainda estão em desenvolvimento. Portanto, destaca-se a importância de mais estudos voltados para essa temática, com o propósito de elevar o conhecimento sobre o assunto e demonstrar a necessidade do profissional antes, durante e depois do diagnóstico e tratamento.