O presente estudo tem como objetivo tensionar a psicologia dentro do ambiente escolar frente as singularidades dos estudantes, visto que essa profissão possui seu histórico influenciado pelo discurso médico-patologizante e pode vir a contribuir no sentido de rotular e estigmatizar esses sujeitos. No que diz respeito ao caminho metodológico pretende-se utilizar a cartografia sob a perspectiva de Deleuze e Guattari, processo no qual se considera o pesquisador como figura atuante e implicada no processo de pesquisa. Assim, busca-se mapear esses espaços e seguir pistas que chegam a fim de conhecer o campo de pesquisa de acordo com os acontecimentos. As pistas desta cartografia são compostas através da escuta de narrativas dos sujeitos inseridos nos contextos escolares. Com isso, busca-se trazer cenas vivas do cotidiano em movimento que possam de alguma forma tensionar a psicologia nesse lugar de construção de rótulos, se constituindo como uma prática capaz de estabelecer relações com os estudantes sem patologizar a diferença, entendendo as alteridades como algo inerente à experiência humana. Por se tratar de uma pesquisa ainda em andamento, os resultados preliminares possuem relação com os pequenos gestos presentes no cotidiano que podem de alguma forma produzir práticas outras de trabalhar com processos que envolvam a produção e promoção de saúde mental desses sujeitos, que levem em conta o coletivo e que escapem do individualismo, muitas vezes instituído na profissão. Assim, ao final, esperamos discutir sobre os possíveis caminhos que possam colaborar na construção de um processo mais humano e que enxergue o estudante como protagonista do seu processo educacional.