Apresentação: A Visita Domiciliar (VD) puerperal pela equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF) aproxima e acolhe, criando laços de afetividade e vínculo, capaz de contribuir para uma assistência de qualidade, evitando complicações e reduzindo a mortalidade materno infantil. Sendo assim, buscou descrever a vivência dos profissionais em visitas domiciliares puerperais na Estratégia Saúde da Família (ESF), sob a ótica do cuidado longitudinal. Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um relato de experiência, fomentada a partir das vivências da equipe de ESF Patrimônio da Penha no município de Divino São Lourenço ES, no período de junho de 2023 a maio de 2024. A proposta de cuidado materno infantil, iniciou-se com o cuidado pré-natal em consultas periódicas e educação em saúde individual e coletiva, a fim de criar vínculo, estabelecer o elo de confiança e posteriormente assegurar um cuidado longitudinal com mãe, filho e respectiva família, no puerpério. A experiência perpassou pelo planejamento da VD, até a execução, avaliação e elaboração de uma proposta de cuidado conforme as necessidades da mãe, criança e no apoio à família, além de encaminhamentos quando necessário. O acolhimento e a escuta ativa integrou o cuidado longitudinal, teve como foco a garantia do atendimento, a resolutividade, o estabelecimento de vínculo, a promoção da saúde e o elo de confiança entre equipe e usuários, para oferta de um cuidado de qualidade e promoção da satisfação do usuário com o serviço de saúde. Resultados: Observado que o acompanhamento em VD puerperais possibilita o cuidado longitudinal, por fortalecer o vínculo e elo de confiança, estabelecido no pré-natal. Durante a experiência percebeu-se que o acolhimento à gestante facilita o acompanhamento puerperal em domicílio, ampliando a confiança entre equipe e usuário, permitindo um cuidado a longo prazo, com vistas à implementação de ações de intervenção que contribuem para a garantia de bem-estar da mãe, criança e família. Essas ações de intervenção repercutem na redução de riscos de complicações puerperais e no neonato, podendo reduzir indicadores de morbimortalidade materno infantil. A VD puerperal é percebida como fator de proteção da prática de amamentação exclusiva; fortalecimento da interação entre mãe e filho, além de promover maior segurança nos cuidados com recém-nascido; auxilia na adaptação familiar e rede de apoio. Observa-se que a escuta ativa possibilita o diálogo e fortalece a puérpera, contribuindo para maior segurança da mulher no cuidado ao recém nascido e na promoção do autocuidado. Considerações finais: Diante dos aspectos analisados, a VD puerperal tem relevância no cuidado longitudinal, com uma atenção humanizada e acolhedora a qual considera a mãe e a criança em seu contexto familiar, desde o pré-natal até o puerpério. O estabelecimento do vínculo e o diálogo torna-se fundamental no processo do cuidado, contribuindo para uma atenção integral para a mãe e recém-nascido. Vale destacar que a performance da equipe no compromisso ético, legal e moral na vida da mãe e da criança, faz toda diferença, assegurando o apoio necessário e segurança para um momento tão importante de suas vidas.