Apresentação: Trata-se de um relato de experiência de acadêmicos durante estágio supervisionado em terapia intensiva em um hospital escola de Vitória-ES. Desenvolvimento: Os Hospitais são locais destinados para pessoas que necessitam de cuidados intensivos com equipe especializada e multiprofissional. Nesse ambiente os cuidados são de moderada a grave complexidade. Devido à admissão nas unidades de terapia intensiva e enfermarias os pacientes são submetidos a eventos adversos, como isolamento dos familiares, o que pode ocorrer o rebaixamento do humor e consequentemente em uma barreira no tratamento e aumento do tempo de internação. Seguindo o conceito do ser humano biopsicossocial, os pacientes internados precisam de cuidados além do modelo tradicional biomédico. Apesar de se falar sobre cuidado humanizado, não existe na literatura um protocolo com maneiras de ensinar o ser humano a ser humano. A complexidade que envolve o cuidado do enfermo vai além de cuidados preestabelecidos. O olhar humanizado frente ao doente diz respeito, sobretudo, ao acolhimento de sua demanda e necessidade individual. Dessa forma, esse trabalho tem como objetivo descrever a percepção acadêmica de estudantes de fisioterapia durante o estágio supervisionado em um hospital filantrópico de Vitória-ES no período de fevereiro a maio de 2024. Resultados: Segundo a percepção acadêmica observou-se que muitos pacientes recrutavam uma demanda diferente, mesmo com patologias iguais ou quadros clínicos semelhantes, sendo abordados de forma distinta durante a assistência fisioterapêutica. O atendimento da fisioterapia para a grande maioria dos pacientes era um dos poucos momentos em que o paciente interagia, conversava, andava pelos corredores e socializava, haja vista que normalmente o atendimento fisioterapêutico pode durar de 15-30 minutos dependendo da demanda de cada paciente, dessa maneira ao final dos atendimentos era perceptível de forma subjetiva e ou através dos relatos dos próprios pacientes a melhora, principalmente no aspecto emocional. Além disso, foi observado também que pacientes com melhor adesão/aceite da fisioterapia o tempo de permanência na UTI era menor comparado a pacientes que recusavam atendimento. Considerações finais: Assim, pode se concluir que a fisioterapia ajuda além da reabilitação física, é uma forma de suporte social para os pacientes, sendo observado como forma de garantir o cuidado, e proteção do paciente, diminuído tempo de internação, manutenção da integridade física e emocional atrás de um olhar sensível.