Introdução: O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece de forma integral e gratuita vinte e nove tipos diferentes de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS), sendo a automassagem chinesa uma delas, com a premissa de promover saúde e buscar a integralidade do cuidado. Objetivo: Relatar a experiência da prática em automassagem chinesa realizada em um projeto de extensão de uma universidade pública do Centro-Oeste, conduzida por um facilitador PICS. Método: Trata-se de um relato de experiência de cunho descritivo elaborado a partir da visão do facilitador, que é discente da instituição de ensino, certificado em um curso de capacitação em automassagem chinesa, que busca momentos de relaxamento e acolhimento dos usuários da comunidade acadêmica e do seu entorno. A experiência da automassagem foi dividida em três momentos e ocorreu no laboratório de práticas corporais da universidade, durante o mês de novembro de 2023, totalizando três encontros, com periodicidade semanal e duração de uma hora. Os participantes não precisavam fazer inscrição prévia e eram majoritariamente estudantes universitários. Resultados: A experiência aconteceu em três momentos: 1) Acolher os participantes e acomodá-los no espaço para melhor canalização dos pontos energéticos yin e yang (dentro e fora), tendo como conhecimento a importância da visão holística e a percepção de que ela é um espaço do nosso interior, o qual nos conectamos com o espaço exterior e nos identificamos na multidimensionalidade do ser humano; 2) Realizar a estimulação dos pontos referente às demandas vindas dos participantes, que normalmente são pontos relacionados a dores nos ombros ou costas (ponto: Jiangjing - Poço do ombro), dor de cabeça (ponto: Yintang - Terraço do sinal) entre outras necessidades que são observadas ou abordadas durante a automassagem em cada encontro; 3) finalização com a respiração consciente, informes do próximo encontro e acolhimento de possíveis demandas posteriores. Observou-se que a prática de automassagem foi um autocuidado bem aceito pelos participantes, por ser uma técnica simples e rápida. Conclusão: É inegável que a automassagem nos ambientes universitários proporciona diversos benefícios a todos os usuários, especialmente no que se refere ao autocuidado. Entretanto, a experiência vivenciada trouxe questionamentos acerca de como ampliar ainda mais esse acesso para outros campi universitários e locais públicos como praças e comunidades, bem como nas Unidades Básicas de Saúde. Discutir sobre o tema contribui para avançar nas reflexões sobre as propostas das práticas integrativas em saúde e sobre como as instituições de ensino se colocam diante desse contexto, sobretudo como um ator na formação de profissionais com uma perspectiva mais holística e humanizada.
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