Apresentação: A esquizofrenia é um transtorno mental crônico, caracterizado por sintomas cognitivos, emocionais e comportamentais, que prejudicam e diminuem a funcionalidade do indivíduo ao longo da vida.Sua etiologia é multifatorial, influenciada por diversos fatores de risco, incluindo infecções virais, complicações durante a gestação e o parto, condições socioeconômicas desfavoráveis, bem como o uso de substâncias psicoativas ou psicotrópicas. Assim, diante da complexidade e gravidade dessa doença e das variações observadas em sua prevalência, o presente estudo tem como objetivo analisar e comparar a predominância da esquizofrenia entre os gêneros no Brasil ao longo dos últimos dez anos, em busca de apontar estratégias em saúde pública, com a finalidade de compreender tal disparidade, bem como otimizar tratamentos e possíveis diagnósticos. Desenvolvimento: O resumo se refere a um estudo epidemiológico, de caráter descritivo, mediante a análise de dados fornecidos pelo Departamento de Informática do SUS (DATASUS), desde 2014 até 2024, referentes a taxas de mortalidade, de óbitos e de internações, considerando, sobretudo, as variáveis associadas a faixa etária e ao sexo. Assim, realizou-se análises comparativas entre as taxas supracitadas e as variáveis em questão, com a finalidade de compreender a distribuição da Esquizofrenia no país. Resultados: Registrou-se, no Brasil, ao longo de 10 anos, 730695 internações por Esquizofrenia, bem como um total de 2367 óbitos, proporcionando, desse modo, uma taxa de mortalidade de 0,32%. Sendo assim, do total de internações, há um considerável predomínio do sexo masculino, o qual corresponde a cerca de 61% dos casos, com 448355 registros, em comparação com as 282340 internações do sexo feminino. Além disso, também houve um predomínio masculino no número de óbitos, com 1440 registros, em contraste com os 927 do sexo feminino. Por fim, evidenciou-se um predomínio etário, em torno dos 20 aos 59 anos, da Esquizofrenia no Brasil. Conclusão: Com base nos resultados apresentados, o perfil epidemiológico da Esquizofrenia, na realidade brasileira, é caracterizado por um predomínio masculino na idade adulta, sobretudo ao se levar em consideração os números de internações no Brasil. Desse modo, é fundamental orientar medidas em saúde, com vistas a estabelecer diagnósticos precoces, a fim de minimizar tantas internações em adultos, bem como intensificar e incentivar maiores estudos genéticos, os quais possam orientar e aprimorar os tratamentos, centrados em mitigar o elevado número de internados do sexo masculino. Por fim, evidencia-se a primordialidade em compreender a distribuição da Esquizofrenia no país, inclusive as disparidades relacionadas a sua manifestação, para, assim, direcionar as estratégias, tanto em saúde pública, quanto no âmbito científico-informacional.