Apresentação: A educação permanente na área da saúde é essencial para o desenvolvimento da qualidade técnica da equipe e a melhoria do atendimento aos pacientes. Logo, as unidades de saúde devem capacitar e atualizar os profissionais para garantir a melhor prestação de assistência, prevenindo riscos e assegurando a continuidade do serviço. Com ênfase na assistência, o Sistema Nacional de Transplante exige que todas as unidades de saúde habilitadas para a captação de órgãos sigam regras criteriosas, incluindo a capacitação das equipes de terapia intensiva para a suspeição de morte encefálica (ME) e a conduta diante desses casos. Dessa forma, este estudo descreve a experiência de acadêmicas de enfermagem em uma capacitação sobre o protocolo de morte encefálica e captação de órgãos em uma Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica na Amazônia. Desenvolvimento do Trabalho: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, baseado na vivência de acadêmicas de Enfermagem em uma capacitação sobre o protocolo de morte encefálica e captação de órgãos. A capacitação ocorreu na Unidade de Terapia Intensiva Pediátrica do Hospital Regional do Baixo Amazonas, em Santarém, Pará, durante a prática da disciplina de UTI Neonatal e Pediátrica. As alunas participaram de uma capacitação oferecida pela direção da unidade, junto à equipe da UTI Pediátrica, composta por médico, enfermeiras, fisioterapeuta e técnicos de enfermagem. A capacitação abordou temas como o papel da equipe e da unidade de saúde, os conceitos e critérios para a abertura do protocolo, a busca ativa de potenciais doadores, abordagem das famílias, captação e transplante de órgãos. Durante a capacitação, foram discutidos os aspectos éticos e legais da doação de órgãos, a importância da comunicação eficaz com as famílias dos pacientes e as técnicas de manutenção da estabilidade hemodinâmica dos potenciais doadores. Resultados: A capacitação permitiu que as acadêmicas e os profissionais de saúde compreendessem o funcionamento da rede de captação de órgãos no estado, a conduta da equipe de saúde na suspeição e os critérios mínimos para a abertura do protocolo de morte encefálica. A formação enfatizou a autonomia da enfermagem na detecção e manutenção da estabilidade hemodinâmica do potencial doador de órgãos. Desse modo, a capacitação concretizou o planejamento e o compartilhamento de conhecimentos, abrangendo tanto os profissionais do setor quanto as alunas em processo de aprendizagem. Considerações Finais: A experiência demonstrou a importância da participação de acadêmicas de Enfermagem em capacitações de educação permanente em saúde, desenvolvendo habilidades e conhecimentos essenciais para a profissão, visto que a atuação do enfermeiro no processo de assistência, suspeição e manutenção dos doadores na rede de transplante de órgãos é fundamental. Por essa razão, a capacitação contínua e o investimento em recursos são essenciais para garantir a qualidade e a segurança no atendimento, pois a integração de práticas educativas no ambiente hospitalar contribui para a formação de profissionais mais preparados e conscientes de suas responsabilidades éticas e técnicas, assegurando um atendimento de excelência aos pacientes e suas famílias.