Introdução: A violência realizada contra a criança e adolescente é um problema de saúde pública, que afeta o bem estar biopsicossocial e pode ocorrer de inúmeras maneiras.Segundo o Cofen, o enfermeiro é responsável pelo gerenciamento do cuidado,logo, ele também será o agente de articulação que proporciona o desenvolvimento de estratégias de enfrentamento à violência contra crianças e adolescentes. Portanto, para que haja um acolhimento assertivo e uma abordagem integral. Desse modo, faz-se necessário o conhecimento dos profissionais de enfermagem a respeito das abordagens para identificação de violências no atendimento a crianças e adolescentes.Objetivo: Avaliar o nível de conhecimento de enfermeiros acerca da abordagem a crianças e adolescentes vítimas de violência.Metodologia: Trata-se de estudo do tipo quase experimental, de natureza quantitativa, realizado com 44 enfermeiros. Em que através de uma intervenção através de vídeo explicativo. Aplicou-se um questionário do tipo antes e depois, visando dimensionar a eficácia da intervenção. Os dados foram tabulados e analisados no Statistical Package for the Social Science, mediante estatística descritiva e inferencial (Teste de Wilcoxon para amostras pareadas e Teste de Correlação de Spearman). No questionário aplicado no momento pré-intervenção, foram solicitadas as informações referentes a dados sociodemográficos, os enfermeiros foram questionados quanto ao nível de conhecimento e à prática profissional voltadas a aspectos das crianças e adolescentes vítimas de violência. O estudo foi submetido ao Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ensino Superior e Desenvolvimento/Faculdade de Ciências Médicas para análise e apreciação e, após sua aprovação sob parecer n.º 3.159.668/2019. Resultados: Foi identificada que a maior parte dos participantes nunca havia recebido treinamento e/ou capacitação (31; 70,5%), mas tinha conhecimento sobre a ficha de notificação compulsória de violência interpessoal (29; 65,9%); porém, não a tinha no setor laboral (29; 65,9%) e não indicou o não preenchimento dela no trabalho (39; 88,6%). Considerações finais: Diante dos achados da pesquisa é possível visualizar que há um déficit quando refere-se a capacitação dos profissionais de enfermagem, logo faz-se necessário uma educação contínua voltada para a capacitação dos enfermeiros com abordagens de identificação aos sinais físicos e comportamentais das crianças e adolescentes vítimas de violências em conjunto com um acolhimento humanizado para as vítimas e família , buscando acolher de maneira biopsicossocial com o objetivo de minimizar e até prevenir agravos na saúde dos indivíduos.