APRESENTAÇÃO: A automedicação é um fator que interfere diretamente na vida do ser humano, visto que pode ocasionar diversos problemas nos indivíduos, como dependência química, reações adversas e até mesmo a morte. Assim, a banalização da automedicação desencadeia o reflexo de um efeito dominó das principais causas do uso de substâncias de modo desenfreado, se destacando a dificuldade de acesso à assistência básica em saúde, a ineficiência dos diagnósticos médicos ou a falta de informações. Para conscientizar, minimizar e prevenir riscos mediante a esse desafio, deve-se capacitar a sociedade, por meio da educação como estratégia de promoção à saúde. Com isso, o objetivo do trabalho é descrever a experiência de extensionistas pautada na difusão de informações sobre a banalização da automedicação e as suas consequências para o indivíduo. DESENVOLVIMENTO DO TRABALHO: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, realizado por extensionistas do Projeto de Extensão Vigilância e Tecnologias em Saúde (VIGITECS) vinculado à Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas - UNCISAL, durante uma atividade de educação em saúde em uma Unidade de Saúde em Maceió. RESULTADOS: A prática ocorreu em resposta a uma percepção dos alunos sobre a crescente prática da automedicação na literatura e observada no cotidiano. Para a execução da ação, foi produzido, com base em evidências científicas, um material de saúde em formato de panfleto sobre os perigos da automedicação. Com o auxílio do material, os usuários da unidade de saúde foram abordados e os extensionistas explanaram o conteúdo e discutiram sobre as maiores dúvidas identificadas em relação ao ato de tomar medicações por conta própria, os perigos da prática e o que se pode fazer para aliviar as dores sem necessariamente do auxílio farmacológico, tendo como ideia algumas práticas como: bolsas quentes, chás naturais, massagens, entre outros. A atividade teve uma abordagem simples e de fácil entendimento e sua importância foi notada à medida que os extensionistas discutiam sobre as dúvidas e curiosidades sobre o tema, de modo que foi ressaltado o perigo da banalização do uso desses medicamentos sem acompanhamento. Nesse sentido, evidenciou-se a necessidade que a população tem por conhecimento e informação, bem como a importância de debater tais assuntos, tão pertinentes à saúde. Dessa forma, no decorrer da ação, observou-se a relevância do papel das ações extensionistas, uma vez que os participantes conseguem criar um ambiente propício para socializar o conhecimento e dar apoio a unidade de saúde. Assim, a parceria realizada com o VIGITECS possibilitou, por fim, desenvolver um momento de educação em saúde proveitoso, com ênfase na promoção da saúde e na prevenção de doenças. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A elaboração e execução da ação pelos extensionistas possibilitou a orientação e conscientização no espaço da unidade de saúde. Esses espaços são fundamentais no desenvolvimento de relações saudáveis e responsáveis com os medicamentos e, ao desmistificar o senso comum sobre o uso de fármacos, o plano contribuiu para a formação de uma consciência e de um senso de responsabilidade sobre a utilização de medicamentos, explorada de forma segura e com orientação profissional.