Apresentação: A Saúde Coletiva (SC) considera fatores socioeconômicos, ambientais e comportamentais que influenciam a saúde das pessoas. Este presente estudo aborda a aprendizagem, destacando a importância da monitoria como uma estratégia pedagógica eficaz. Pretende-se demonstrar como ela pode promover o aprendizado, fortalecendo habilidades para a atuação na área. Desenvolvimento do trabalho: A disciplina de SC possui módulos teóricos e práticos que visam solidificar o conhecimento acerca da Atenção Primária à Saúde (APS). As aulas teóricas são ministradas a partir de metodologias participativas como rodas de conversa, que impulsionam debates com os temas da APS e suas nuances. Já nas práticas, os estudantes são conduzidos a acompanharem as Unidades Básicas de Saúde (UBS) com os profissionais que as englobam, promovendo ações de saúde. Eles realizam uma visita técnica à UBS, dialogam e analisam com a gestão da unidade sobre quais são as principais necessidades do território, a partir dos indicadores de saúde, para então, ao final, elaborar um Projeto Micropolítico. Os discentes escolhem o público-alvo, descrevem a proposta e metodologia. O diagnóstico da unidade (como endereço, perfil, serviços oferecidos, estruturas) e os resultados esperados são de fundamental importância para a visão ampla do projeto. Desenvolvem, então, soluções práticas e viáveis, considerando os recursos disponíveis e as possíveis parcerias com entidades locais. O documento final inclui não apenas uma descrição dos problemas identificados, mas também um plano de ação claro e objetivo, com etapas e metas bem definidas, seu desenvolvimento em busca de melhoria no cuidado produzido pela UBS. Resultados: A disciplina de SC dispõe de módulos teóricos e práticos, preparando os alunos na APS por metodologias ativas, como rodas de conversa, debates e práticas em UBS. Dessa maneira, espera-se que os acadêmicos tenham uma formação introdutória ao aplicar esse conhecimento durante as práticas da atenção primária em saúde, analisando o perfil da UBS e introduzindo a educação em saúde com a metodologia aplicada pelos alunos, para que assim possam aprender sobre cidadania e autonomia dos usuários, através da interação com a população e equipes de saúde, sobre resolutividade de problemas e envolvimento com resultados da assistência. Além disso, a prática em UBS ajuda os alunos a entenderem a reorientação do modelo assistencial, focando no território e nos problemas da comunidade, aproximando-os da realidade do SUS. Por isso, com este método de ensino, permite-se criar vínculos com a comunidade e trabalhar em equipe multidisciplinar com a equipe da saúde primária daquela região, desenvolvendo responsabilidade social, comunicação interpessoal e compartilhamento de experiências com outros membros da área da saúde. Desse modo, essas práticas formam profissionais críticos, versáteis e comprometidos com a melhoria do sistema de saúde e bem-estar das comunidades, por meio da própria imersão dos alunos na APS. Considerações finais: A monitoria em SC proporciona a troca de experiências entre alunos e produção de conhecimento. Assim, o entendimento do cuidado no território, as características da APS e as demandas do usuário é consolidada. O que evidencia a importância da formação do profissional de saúde inserida na realidade do SUS.