Apresentação: O estresse é definido sendo uma resposta física, mental e emocional do corpo a qualquer demanda excessiva ou ameaça percebida, a resposta gerada pelo nosso organismo ocorre de forma orgânica, podendo nos ajudar nas situações de perigo. Porém, quando constante ou ocorre de forma excessiva, terá efeitos adversos impactantes na saúde e no bem-estar. O estresse é uma situação inerente ao trabalhador, e que repercute em dimensões variadas nas diferentes áreas de trabalho. Em relação à área da saúde, visualizamos um contexto contemporâneo, comum e cada vez mais difícil de controlar. Sabe-se que pode ter impactos significativos na saúde mental e física dos trabalhadores, bem como na produtividade, relações interpessoais e clima organizacional. Portanto, este trabalho tem por abjetivo relatar uma experiência exitosa na Atenção Primária à Saúde, no que tange a criar condições individuais de gerenciamento do estresse, através de um produto final da oficina e que servirá como um modelo de Programa de Felicidade no Trabalho adaptado da metodologia Indice de Felicidade Bruta.
Desenvolvimento: Esta oficina de gerenciamento de estresse surgiu em um município de Piúma, no sul do estado do Espírito Santo, com a participação de profissionais que integram a Equipe Multiprofissional Ampliada, vinculada ao Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação – ICEPi/ SESA-ES. Através do acompanhamento dos profissionais e usuários que compõe o território, foi possível perceber elevado índice de Síndrome de Burnout, bem como pontuar as consequências decorrentes do estresse. Sendo assim, foram realizados 08 encontros presenciais, em forma de roda de conversa, com metodologia da pedagogia da alternância e terapia comunitária. A construção do saber individual se dá no debate coletivo do tema proposto, e proporciona a mudança individual, que reflete em mudanças do ambiente de trabalho. Os temas desenvolvidos em cada encontro foram: Estresse e Burnout, Índice de Felicidade Bruta no trabalho, Novos fatores estressores da atualidade, Consequências do estresse, Fatores Protetores do estresse, Fatores promotores/recuperadores do estresse, Ferramentas de gerenciamento do estresse, Qualidade de vida no trabalho.
Resultados: Foi possível observar que através do uso da estratégia embasadas na Escala de Felicidade Interna Bruta Adaptada para Ambiente Corporativo, verificou que nas oportunidades visualizadas, a serem melhoradas para melhor qualidade de vida, os itens relevantes foram: Endividamento, Saúde/Inteligência Emocional, Ética, Comunicação, Rede Social de apoio, Exposição de Arte, Sono, Administração do tempo, Estresse. Do mesmo modo, identificamos uma grande maioria dos profissionais estavam iniciando um quadro de Síndrome de Burnout, necessitando de intervenções apropriadas e mudança nos hábitos de vida. Foi possível pontuar estratégias para o manejo do estresse através: da Meditação; Desenvolvimento de práticas de atividade física, que ajudam a reduzir níveis de cortisol e aumentar liberação de endorfinas; manter relações saudáveis e procurar uma rede de apoio; Organização do Tempo e evitar sobrecarga.
Considerações finais: Portanto, com inserção de práticas direcionadas ao manejo do estresse favorece a elaboração de estratégias eficazes de gestão, permitindo minimizar os impactos negativos decorrentes do estresse, contribuindo no absenteísmo e rendimento na produtividade, e principalmente, melhorar a qualidade de vida.