O presente resumo aborda as experiências dos profissionais da Atenção Primária à Saúde (APS) na busca de promoção e prevenção a saúde, em relação à doença crônica Diabetes Mellitus (DM), uma das principais doenças crônicas presentes no mundo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que a hiperglicemia é o terceiro fator de mortalidade prematura. O DM pode desenvolver complicações micro e macro vasculares, dentre as complicações microvasculares, a retinopatia diabética, causada por micro aneurismas dos capilares da retina, será o tema deste resumo. A Retinopatia Diabética (RD) pode ser graduada em não proliferativa leve, moderada ou grave e retinopatia proliferativa, também pode ser avaliado o edema macular, outra doença tratável que causa diminuição da acuidade visual. O rastreamento da retinopatia diabética nos pacientes com DM tipo 1 devem ser realizados em adultos e crianças maiores de dez anos, após cinco anos de diagnóstico, nos pacientes com DM tipo 2 deve realizar o rastreamento em todos os pacientes no momento do diagnóstico. O rastreio deve ser anual para todos os pacientes diabéticos enquadrados nos critérios, para os pacientes que apresentam o diagnóstico de retinopatia ativa, o rastreio deve ser realizado com maior frequência, dependendo do grau de retinopatia. O rastreamento desse problema na atenção primária é de extrema importância, visto que existe intervenção efetiva, podendo realizar a prevenção das formas mais graves da doença e promoção à saúde. Um programa de rastreio para retinopatia diabética, em conjunto com um hospital de referência São Julião na cidade de Campo Grande - MS, foi implantado na carteira de serviço das Unidades de Saúde com o programa de residência médica e multiprofissional em saúde da família em 2024. Os profissionais da APS realizaram uma capacitação com a equipe do Hospital São Julião para realizarem o exame de fundoscopia com o retinógrafo. Os pacientes são rastreados na atenção primária, as imagens coletadas são avaliadas e laudadas pela equipe especialista. Como resultados, os casos de RD são referenciados ao Hospital de Referência, os pacientes sem RD ou com a forma leve, são acompanhados pela unidade para cuidados continuados, ajustes de tratamento e prevenção das formas graves. Assim obtivemos aumento da acessibilidade ao exame, qualificação do referenciamento a especialidade e diagnósticos precoce de doenças retinopáticas.