Repensando a RAS: relato de uma experiência de Manaus para reorganização da Rede de Atenção Materno-infantil na Macrorregião de Saúde Central do Amazonas

  • Author
  • Eliane Nogueira Campos
  • Co-authors
  • Adriane Farias Valentin , Maisa Elaine Arruda Fernandes , Gleina Oliveira de Assis , Deyse Nascimento Giffonni , Hevelen Francisca Silva e Silva , Odete dos Santos Amaral
  • Abstract
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    Introdução: Manaus, capital do Estado do Amazonas, concentra a maior parte da população e do parque de saúde do estado. Com a proposta de reorganização da RAS, Manaus passou a fazer parte da Macrorregião de Saúde Central (MRC). A MRC é composta por três Regiões de Saúde (RS), sendo elas: RS Manaus, entorno e Alto Rio Negro composto por 12 municípios; RS Rio Negro e Rio Solimões composto por 8 municípios e RS Rio Purus composto por 5 municípios, totalizando 25 municípios integrantes da MRC. Após a definição de território da MRC iniciou o processo de identificar os problemas sanitários. A mortalidade materna seguida da mortalidade infantil são as duas primeiras. Desta forma a MRC iniciou os estudos pela Rede de Atenção Materno Infantil (RAMI) para a reorganização de redes de saúde da MRC. A RAMI deve garantir o acesso ao planejamento familiar, ao pré-natal com início mais precoce possível, aos exames de laboratório e serviços de imagem, atenção humanizada a gravidez ao parto e ao puerpério e, para os bebês o direito ao nascimento seguro e desenvolvimento saudável. Objetivo: Descrever a experiência do município de Manaus na realização de um estudo situacional de saúde para identificar a melhor forma de redesenhar a RAMI. Metodologia: Para realizar a identificação das prioridades sanitárias coube para equipe de Manaus analisar dados de mortalidade da MRC. O acesso a base da mortalidade foi feito a partir do site Tabnet/Datasus para o período de 2010 a 2021.A análise dos dados envolveu a identificação das principais causas de morte a que a população da MRC estava exposta nesse período. Foram identificados 24 (vinte e quatro) problemas que causam maior impacto na saúde da população, destacando-se a mortalidade materna seguida da mortalidade infantil. A partir da definição dos problemas, iniciou o estudo sobre a RAMI inicialmente estudo dos óbitos de mulheres em situação de gestação, parto ou puerpério para entender o itinerário percorrido e identificar todos os nós críticos até o desfecho óbito. O exercício foi ler a investigação dos óbitos e identificar as seguintes situações: nível de atenção (primário, secundário, terciário; território sanitário (municipal, regional, macrorregional); gestão (municipal, estadual, federal); nós críticos dos pontos de atenção (UBS, ESF, maternidade, hospital etc.), pontos de apoio (laboratório, serviço de imagem, regulação); sistemas logísticos (transporte sanitário). A organização dessas informações foi feita em planilha excel. A forma de apresentação dos achados fora em forma de fluxograma de percurso. Resultados Parciais: foram realizados cinco estudos de percurso seguindo a mesma metodologia, discussão desses desenhos com demais técnicos e gestores, coleta de propostas e possíveis aplicações. As etapas de identificação do serviço existente e serviço necessários estão em andamento para realizar a proposta de novo desenho Conclusão: Compreender a realidade epidemiológica, os determinantes sociais econômicos e culturais que influenciam na incidência de problemas de saúde pública é necessário para (re) organizar a RAS e desenvolver estratégias de intervenção mais eficazes e direcionadas para atender a necessidade da população especialmente a materno-infantil.

     

  • Keywords
  • Regionalização da Saúde, Rede de Cuidados Saúde, Mortalidade Materna
  • Subject Area
  • EIXO 3 – Gestão
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