Apresentação: A imunização é considerada uma das melhores estratégias para prevenção das doenças imunopreveníveis, além de estimular o sistema imunológico conferindo a proteção contra as doenças. Para tanto, a integração de diversos setores da saúde, pode potencializar as ações preventivas nos territórios e promover a qualidade do serviço prestado. Neste sentido, a organização do processo de trabalho exerce um papel importante no cenário de prática dos profissionais que atuam em salas de vacina, proporcionando qualidade e criando laços de aproximação entre usuário e serviço, podendo gerar vínculo e co-responsabilidade. Sendo assim, este estudo teve como proposta, refletir sobre a organização do processo de trabalho das equipes que atuam em salas de vacinas, na perspectiva da adesão vacinal e da qualidade da atenção. Desenvolvimento do trabalho: Tratou-se de um relato de experiência desenvolvido nos seguintes momentos: identificação das necessidades de melhorias; diagnóstico situacional; planejamento e organização de uma proposta de intervenção; avaliação das ações implementadas. Utilizou-se de encontros de Educação Permanente em Saúde (EPS) com as equipes envolvidas na imunização para escuta, diálogo e compartilhamento de experiências, que pudessem impulsionar a análise da situação de saúde. Em destaque os pontos de discussão: aprimoramento das práticas profissionais em sala de vacina, motivos da não adesão dos usuários à vacina; cobertura vacinal; estratégias de acolhimento e humanização; necessidade de prevenção e promoção da saúde. Resultados: Observada a sensibilização das equipes para a organização do processo de trabalho e no aprimoramento de competências, a partir da EPS. Percebido que a condução das atividades realizadas teve impacto positivo e proporcionou maior interação entre o grupo, além de promover o diálogo e a intersetorialidade. Nas discussões de grupo, pode-se perceber uma preocupação quanto à influência de notícias falsas sobre as vacinas, o que culminou na: criação e execução de estratégias de educação em saúde na escola e na comunidade; implementação de estratégias de acolhimento e humanização nas salas de vacina, contribuindo para melhora na acessibilidade. Ao utilizar os recursos tecnológicos, pode-se verificar um aumento da procura da população pelo serviço e consequentemente um aumento da cobertura vacinal. Considerações finais: A EPS tem a potencialidade de transformar a realidade, a partir da qualificação das equipes que atuam em salas de vacina, além de contribuir para o avanço da qualidade do serviço de saúde. A participação do profissional na organização do processo de trabalho é imprescindível e pode promover engajamento e co-responsabilidade sobre as situações de saúde do território.