O agravamento da crise econômica, social e violação dos direitos humanos na Venezuela tem provocado. Em 2024, a Agência da Onu para Refugiados - ACNUR estima que são mais de 5,4 milhões de migrantes e refugiados venezuelanos pelo mundo, este deslocamento tem desencadeado uma série de outros fenômenos nos países anfitriões, a exemplo da xenofobia, dificuldade de acesso à moradia, educação e trabalho. Este trabalho analisa as violências pelas quais passam os venezuelanos em território nacional, levando em consideração que, mesmo havendo esforços do governo central brasileiro, inúmeros são os relatos de dificuldade ao acesso à saúde, educação, moradia, trabalho e direitos básicos. O objetivo é identificar como se processa a violência que sofrem os venezuelanos em território brasileiro, levando em consideração o alto número de indivíduos deste grupo, a diversidade de locais de acolhimento e a necessidade de que as violências sejam consideradas como objeto de atenção dos governos locais para efeito de enfrentamento e políticas públicas. A metodologia utilizada leva em consideração as publicações e estudos apresentados pelas três grandes instituições diretamente envolvidas no trabalho com os refugiados: ACNUR, UNICEF e Ministério da Justiça, além dos relatos de experiência publicados nos jornais locais. Os estudos apontam que os venezuelanos sofrem violências de natureza institucional ou de naturais em grande maioria em razão das dificuldades de comunicação - idioma, acesso aos serviços básicos como saúde e educação e subvalorização de sua força de trabalho.