OS DESAFIOS ENFRENTADOS POR CRIANÇAS E ADOLESCENTES PORTADORES DE TEA E DI EM CASAS DE ACOLHIMENTO: RELATO DE EXPERIÊNCIA

  • Author
  • Ewelyn Farias Luna
  • Co-authors
  • Luana Maria Barbosa da silva , Maria Jardiele da Silva Fideles , Bruna Eduarda Silva maranhão , Moisés Davi da Silva Bomfim , Elielma Maria da Veiga Silva , Audrey Moura Mota Gerônimo
  • Abstract
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    Apresentação: A adoção é um ato de amor, porém ainda existe um padrão estabelecido na hora de escolher uma criança. No que se refere adoção de crianças e adolescentes com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Deficientes Intelectuais (DI), há uma invisibilidade voltada para esses indivíduos, preconceitos e dificuldades dos mesmos nos lares de adoção. A Lei n° 12.955/2014, acrescenta ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, Lei n° 8.069/1990), o estabelecimento de prioridade para os processos de adoção quando o adotando for criança ou adolescente com algum tipo de deficiência que se encontram em abrigos. Relatar a experiência vivenciada por discentes do curso de enfermagem acerca das dificuldades enfrentadas por crianças e adolescentes evidenciando os autistas e DI em um lar de acolhimento. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo qualitativo, descritivo, do tipo relato de experiência, construído a partir da vivência de acadêmicos de enfermagem durante uma visita de campo, no Lar Batista Marcolina Magalhães do município de Maceió, Alagoas, Brasil, ocorrido no mês de abril de 2024. Foi uma atividade que integrou a disciplina Saúde Coletiva Programas de Saúde e teve o objetivo de promover uma aproximação com variadas formas e ambientes de atuação do profissional enfermeiro. Durante essa visita, foram realizadas atividades lúdicas com as crianças (tipo pintura facial, entrega de presentes, pinturas em desenhos e lanche coletivo). Resultados: No decorrer da visita, observou-se o vínculo emocional que as crianças tinham com a cuidadora e a carência de atenção, carinho e conversa, facilitando a aproximação com os estudantes. Ficou evidenciada a vontade de sair daquele lar e ter uma família. Diante deste contexto, a adoção não pode servir para suprir faltas subjetivas, pois seu objetivo é proporcionar bem-estar e amparo afetivo a essas crianças. Inseridos nesse contexto, o enfermeiro assume um papel preponderante de acolher e dar resolutividade às demandas dessas crianças e às suas particularidades, bem como dar suporte às futuras famílias. Considerações Finais: Essa experiência demonstra os estigmas da adoção, já que existe a ideia de que a deficiência é um fardo e a dependência para o resto da vida um entrave. É uma problemática que essas crianças enfrentam ao retornar ao convívio familiar. O que se espera é um desenvolvimento familiar saudável e um melhor tratamento individual com um adulto. Ademais, nota-se a necessidade de aprofundamento desse tema, de modo a dotar o enfermeiro para atuar de forma integral e longitudinal junto a esse grupo social, sendo de suma importância para uma adoção não tardia, como também para um acolhimento e vínculo dessas crianças com os adotantes.            

     

  • Keywords
  • Transtorno do Espectro Autista, Adoção, Lar de Acolhimento
  • Subject Area
  • EIXO 2 – Trabalho
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