Educação em Saúde para pessoas com Diabetes Mellitus: Uma Revisão Bibliográfica das estratégias que estão sendo desenvolvidas em prol da saúde da população Brasileira

  • Author
  • Gustavo Gomboski
  • Co-authors
  • Suzane Beatriz Frantz Krug , Renita Baldo Moraes , Magda de Souza Reis , Jessica Vargas Lopes , Eduarda Salton Grando , Marcus Vinicius Schefer
  • Abstract
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    A Diabetes Mellitus (DM) está entre as doenças ou condições que rumam, de forma exponencial, para uma situação epidêmica. A Organização Mundial da Saúde estima, para 2045, mais de 1 bilhão de pessoas com a doença no globo terrestre. No Brasil, o número de pessoas com DM aumentou de 16,8 milhões em 2019 para mais de 20 milhões em 2023. A doença silenciosa pode trazer agravos irreversíveis para a saúde das pessoas, e impactar negativamente sua qualidade de vida. O estilo de vida é um dos fatores responsáveis pelas consequências que a doença traz. Vários autores têm discutido estratégias de educação em saúde para promover a saúde, evitar o agravamento da doença crônica e melhorar a qualidade de vida dos acometidos pela DM. Este estudo teve como objetivo investigar e descrever estratégias de Educação em Saúde para população adulto e infantil, com Diabetes Mellitus, que estão sendo desenvolvidas no Brasil, através de uma Revisão Bibliográfica de artigos publicados nas bases de dados PubMed, Scielo e Google Acadêmico no período de 2003 a 2021. Foi utilizado o Decs “Educação em Saúde” para as pesquisas. Foram encontrados 81 artigos em língua portuguesa. Após criteriosa seleção, restaram 8 artigos que foram analisados e descritos neste trabalho à luz de seu estado da arte. As estratégias de educação em saúde para idosos, adultos, crianças e adolescentes evoluíram através da história da educação sanitária no Brasil. Passou de um modelo “bancário” para um modelo mais liberal, considerando as peculiaridades dos indivíduos e comunidades. Com diferentes estratégias, por vezes muito criativas, adaptadas para cada público e região geográfica, foram desenvolvidos focos específicos para cumprir com os objetivos nos processos de educação em saúde como: promoção de habilidades de autocuidado, ensinamentos individualizados para os cuidados com as medicações e orientação tanto coletiva como personalizada para elaboração de planos alimentares adequados a cada pessoa ou grupo. Todos os artigos estudados destacaram o caráter epidêmico da doença, a  necessidade da mudança no estilo de vida como prevenção. A tecnologia dura foi pouco utilizada nas estratégias descritas. As estratégias incluíam palestras, abordagens orientativas nos consultórios dos profissionais, nos postos de saúde, unidades de internação hospitalar do SUS e no Programa Saúde na Escola (PSE), além de instalações comunitárias para abordagens em grupo. A maioria das estratégias foi conduzida pela enfermagem, com o enfermeiro desempenhando um papel central. O aumento dos dados epidemiológicos e as consequências da Diabetes Mellitus são assuntos que devem ser amplamente debatidos para que, por meio de ações de educação em saúde e mudanças no estilo de vida, esses números possam reduzir no Brasil. O uso da tecnologia pode ser melhor explorado para atingir mais pessoas nas estratégias de educação em saúde. Além disso, o maior envolvimento de equipes multiprofissionais poderia ampliar a disseminação de ações de educação em saúde em prol da redução dos riscos de agravamento da DM e da melhoria da qualidade de vida da população.

  • Keywords
  • Educação em Saúde, Diabetes Mellitus
  • Subject Area
  • EIXO 1 – Educação
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