APRESENTAÇÃO: A saúde de estudantes de enfermagem evidencia a importância de acompanhar não apenas o desempenho acadêmico e profissional, mas também o bem-estar físico. Cotidianamente enfrentam desafios únicos, lidando com longa carga horária de estudos, práticas clínicas intensivas, resultando na elevação dos níveis de estresse. Parte-se da compreensão do conceito ampliado de saúde, que a considera para além das questões biológicas e apresenta relação intrínseca com os determinantes e condicionantes de saúde.
DESENVOLVIMENTO: Trata-se de estudo de natureza qualitativa, descritivo, tipo relato de experiência sobre o cenário de saúde dos alunos de enfermagem do Centro Universitário Maurício de Nassau de Maceió (UNINASSAU Maceió), como parte das atividades da disciplina de Epidemiologia no primeiro semestre de 2024. O levantamento foi realizado a partir de formulário composto de perguntas sobre saúde física e mental, realizada com alunos de enfermagem do primeiro, terceiro e quinto período do curso do turno matutino da unidade.
RESULTADOS: Houve uma alta prevalência de transtornos de saúde mental, com destaque para ansiedade, depressão e transtorno de personalidade borderline. Além disso, foram identificados problemas de saúde física (diabetes, doenças cardiovasculares e tireoidite de Hashimoto) entre os participantes da pesquisa. Dentre os hábitos de vida, identificou-se vulnerabilidade relacionada ao sedentarismo e ao consumo de álcool. A análise dos dados também mostrou uma predominância do gênero feminino entre os entrevistados, além da maioria ter entre 18 e 30 anos, sendo assim apresentando uma maior proporção de pessoas solteiras em comparação com casadas. Quanto à etnia, observou-se uma predominância de pardos, seguidos por brancos e, em menor número, negros. Esses resultados evidenciam que é importante a realização de abordagens direcionadas para promover o bem-estar e a saúde dos estudantes de enfermagem, procurando garantir uma futura força de trabalho resiliente e capacitada. Em resposta aos desafios evidenciados, foram propostas algumas ações direcionadas, como a promoção da terapia cognitivo-comportamental para transtornos de saúde mental, o acompanhamento médico regular para problemas físicos e a conscientização sobre hábitos prejudiciais à saúde. Essas medidas visam não apenas lidar com os problemas identificados, mas também prevenir sua ocorrência e promover um ambiente mais saudável e propício para o aprendizado e desenvolvimento dos estudantes de enfermagem.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: Destaca-se a urgência e a importância de abordar os desafios enfrentados pelos estudantes de enfermagem em relação à saúde física e mental. Com os resultados, evidenciou-se uma alta prevalência de transtornos de saúde mental e problemas de saúde física entre os participantes da pesquisa, evidenciando a necessidade de implementação de medidas eficazes de apoio e intervenção de suporte. Assim disso, é crucial que as instituições de ensino superior e os profissionais de saúde reconheçam e abordem essas questões de forma proativa, fornecendo recursos e suporte adequado quando necessário. Além disso, é fundamental promover uma cultura de autocuidado e bem-estar dentro do ambiente universitário, visando não apenas o desenvolvimento acadêmico, mas também o bem-estar geral e a preparação para uma futura prática profissional resiliente e capacitada.
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