Este trabalho aborda o uso correto do salbutamol “bombinha” e o controle ambiental, visando maior a eficácia no tratamento da asma em crianças e adolescentes. O projeto propõe orientar e treinar os agentes de saúde (ACS) no uso correto do salbutamol “bombinha”, para que possam repassar esse conhecimento aos cuidadores, às crianças e aos adolescentes que necessitam do uso do dispositivo para o controle da asma. O objetivo geral é melhorar a adesão e a eficácia do tratamento da asma, enquanto o objetivo específico assegurar o manuseio correto do salbutamol pelos cuidadores das crianças e adolescentes.
O uso inadequado do salbutamol “bombinha” ocorre devido à falta de conhecimento técnico do cuidador da criança ou do adolescente e da supervisão inadequada durante o uso do dispositivo, comprometendo a eficácia do tratamento desses pacientes. Para enfrentar esse desafio, foram realizadas capacitações dos ACS da Unidade Básica de Saúde ( UBS) Luxemburgo, equipe 39, bairro Baronesa, na cidade de Santa Luzia. Essas capacitações incluíram reuniões com informações gerais sobre a asma, controle ambiental e treinamento no uso correto do salbutamol. Além disso, foi ensinado como confeccionar um espaçador usando uma garrafa pet, visto que o uso desse dispositivo, aumenta a eficácia do medicamento e melhora a acessibilidade devido ao baixo custo. Após as capacitações, foram realizadas visitas domiciliares pelos ACS, junto à equipe de saúde, onde o conhecimento adquirido foi repassado, tanto sobre a asma quanto a confecção do espaçador.
Nas visitas domiciliares, foram observados baixo nível de conhecimento técnico sobre o uso correto da “bombinha”, controle ambiental ineficaz, como ambientes mofados, empoeirados, com animais de estimação dentro da casa, baixa ventilação, acúmulo de objetos de pelúcia nos quartos, baixa adesão ao tratamento e a falta de compreensão sobre as crises de asma e quando procurar a UBS ou a Unidade de Pronto Atendimento (UPA).
O uso correto do salbutamol em crianças e adolescentes é crucial para melhorar a adesão, controle e eficácia do tratamento da asma. Com os resultados obtidos, conclui-se que o papel dos ACS nas visitas domiciliares, ensinando, revisando as técnicas inalatórias e orientando sobre o controle ambiental é imprescindível. Os próximos passos incluem a continuidade das orientações sobre o controle ambiental, a verificação do uso do salbutamol durante as visitas domiciliares, a demonstração contínua da confecção do espaçador com a garrafa pet e a coleta de resultados ao longo das visitas.
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