Apresentação: O internato rural, que ocorre durante o período de estágio em saúde coletiva, consiste em uma etapa da formação acadêmica de estudantes das ciências em saúde para o desenvolvimento de habilidades e práticas educativas em um ambiente rural. Esta fase geralmente ocorre durante o último ano dos estudantes, e concede a oportunidade de aplicar conhecimentos teóricos em um campo assistencial, onde pode haver carência de recursos e serviços de saúde bem estruturados. O internato rural cumpre o seu propósito, enriquecendo a formação dos acadêmicos, propiciando amplitude e diversidade de cenários, que permite integração do conteúdo ministrado durante todo o ciclo teórico para a prática clínica. Nesse sentido, ele geralmente ocorre na atenção primária à saúde (APS), o primeiro nível de atenção em saúde e se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, visando a promoção e a proteção da saúde dos usuários, ela é a principal porta de entrada do Sistema Único de Saúde (SUS). Ter a oportunidade de vivenciar essa experiência, permite que estudantes compreendam a dinâmica da atenção primária como centro de comunicação de sua Rede de Atenção para formação, enquanto enfermeiros generalistas. Desse modo, o objetivo desse resumo é descrever a experiência de acadêmicas de Enfermagem na vivência do internato de saúde coletiva em uma cidade rural de Minas Gerais. Desenvolvimento do trabalho: A experiência do internato rural, iniciou-se por meio do deslocamento de duas acadêmicas para um município no centro-oeste de Minas Gerais a aproximadamente 141 quilômetros de Belo Horizonte. O município possui três unidades básicas e uma policlínica. Nessa modalidade do internato, as discentes ficaram alocadas na cidade por 45 dias, de fevereiro a março de 2024, prestando serviços em dois centros de saúde com acompanhamento dos enfermeiros do município e preceptoria da faculdade a cada 15 dias. Durante estes dias foram desenvolvidas diversas atividades que surgiram nas unidades básicas de saúde, incluindo a integração com a equipe de enfermagem. Resultados: Como resultado, pode-se afirmar que após a experiência imersiva que é o internato rural, as acadêmicas desenvolveram habilidades diversas que compreendem hard skills e soft skills, sempre atuando em conjunto com a equipe da unidade de saúde. Após os 45 dias, foi possível executar com eficiência e embasamento teórico-científico consultas de enfermagem complexas, como exame de coleta de citopatológico, puericultura, acolhimento em saúde da mulher e idoso, visitas domiciliares, tratamento de feridas e elaboração de procedimentos operacionais padrões junto a equipe da unidade, entre outros. Considerações finais: Essa experiência proporcionou o desenvolvimento de habilidades essenciais para o desenvolvimento pessoal e profissional, como a capacidade de adaptação, empatia, comunicação eficaz e resolução de problemas. Além disso, contribuiu para a conscientização sobre as desigualdades em saúde e fortaleceu o compromisso das estudantes com a promoção da saúde e o bem-estar das comunidades menos favorecidas. O internato rural desempenhou um papel crucial na formação acadêmica das estudantes de enfermagem, e ofereceu uma oportunidade singular de vivenciar a prática profissional em contextos diversificados e muitas vezes desafiadores.
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