Migração climática e direito a um meio ambiente digno: desafios atuais desde a ótica de Airton Krenak

  • Author
  • RICARDO MOLINA DOMINGUEZ
  • Co-authors
  • Thiago Nardoto do Carmo , Alexandre Marcondys Ribeiro Portilho , Daniela Marisol Pérez Angarita , Diana Mariluz Pérez Angarita , Rafael Aguilar Zamudio , Brunela Vieira de Vincenzi
  • Abstract
  • A migração climática acontece quando grupos humanos são obrigados a deixar seu local de origem por causa de secas prolongadas, inundações, terremotos, furacões constantes na região, a poluição das costas ou a degradação do solo. Os refugiados e migrantes climáticos são obrigados a deixar seu local de origem para sobreviver, assim, enfrentam desafios como o acesso a serviços básicos como saúde, água potável e moradia digna; afetando regiões que muitas vezes não estão preparadas para os receber. As mudanças climáticas estão acentuando essa migração criando uma verdadeira crise humanitária. Na perspectiva do filósofo e ambientalista brasileiro Airton Krenak se faz preciso outro olhar não extrativista do planeta, um olhar que entenda a natureza como sujeito e não como objeto que deverá ser respeitado, atuando em harmonia com ela, respeitando os povos que nela moram, pois são eles os que tem morado no planeta por milênios sem destruir seu entorno, mas o transformando como parte da atividade humana, procurando harmonia, pois entende-se que a humanidade faz parte da natureza. 

    Objetivo: Analisar o direito a um ambiente digno para migrantes climáticos desde uma óptica latinoamericana.

    Método: Foi desenvolvida uma revisão de literatura das recentes obras de Airton Krenak, Ideias para adiar o fim do mundo (2019), A vida não é útil (2009) e Futuro ancestral (2022), e o IPCC. também foram revisados artigos científicos em diferentes bases de dados,   utilizando os seguintes descritores: Migrantes climáticos, refugiados climáticos, Meio ambiente digno, mudança climática.

    Resultados: É preciso olhar e aprender dos povos originários para enfrentar a crise climática e ser solidários com os migrantes climáticos, numa atitude ética com a humanidade toda e com o planeta.

    Considerações finais: É importante que os governos do mundo inteiro se juntem para criar políticas públicas que atendam a urgência de frear o câmbio climático, de se solidarizar com as regiões afetadas e com os povos desplazadas, e assim dar uma resposta ética frente às urgências e as calamidades que os afetados pela mudança climático sofrem. É preciso que a Declaração do Rio sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (1992) seja respeitada e respaldada com ações para regular a indústria, frear a poluição, tomar ações como o aumento de áreas verdes e demarcação de áreas naturais protegidas, para ter um direito a um meio ambiente digno garantido.

  • Keywords
  • Migrantes climáticos, Direitos Humanos, meio ambiente digno, mudança climática, Airton Krenak
  • Subject Area
  • EIXO 6 – Direito à Saúde e Relações Étnico-Raciais, de Classe, Gênero e Sexualidade
Back