As estruturas emergenciais para o acolhimento de pessoas em situação de migração e vulnerabilidade são instalações que podem acomodar um número determinado de indivíduos, assumindo um caráter provisório. A composição dessas populações é diversa, incluindo variações em número, gênero, etnia e língua, além de suas necessidades como pessoa, que devem ser consideradas e atendidas. O conceito de bem viver que enfatiza a qualidade de vida, a harmonia com a comunidade e o ambiente, e a satisfação das necessidades básicas de maneira digna, deve ser incorporado ao planejamento dessas estruturas. Isso implica garantir que os serviços e a infraestrutura ofereçam não apenas a sobrevivência, mas também promovam o bem-estar integral dos indivíduos. Este trabalho visa analisar, com base na literatura e em documentos nacionais e internacionais dos quais o Brasil é signatário, a composição básica da infraestrutura sanitária para o atendimento de migrantes e refugiados, tendo como caso a situação dos refugiados venezuelanos em Roraima, focando nas condições sanitárias dos abrigos, tempo de permanência das famílias e em como esses fatores influenciam o bem viver dos migrantes, na promoção de uma vida digna e respeitosa durante seu período de acolhimento.