Introdução: O movimento antimanicomial, iniciado no Brasil no final dos anos 70, defende os direitos das pessoas com sofrimento mental, combatendo estigmas e exclusão social, critica internações psiquiátricas e promove serviços comunitários, culminando na Lei no 10.216/2001. A reforma psiquiátrica vem permitindo práticas humanizadas no tratamento de sofrimentos psíquicos, a exemplo da arteterapia que auxilia no resgate integral do indivíduo através de processos de autoconhecimento e transformação dos usuários. Objetivo: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem em movimento na luta por direitos das pessoas em sofrimento mental. Métodos: Trata-se de um relato de experiência realizado por acadêmicos de enfermagem do 9° período de uma faculdade privada de Belo Horizonte no mês de maio de 2024, em preparação para o desfile da luta Antimanicomial, o qual foi realizado em 4 etapas: 1)Estudo da Temática: O desfile teve como tema “Do Rio Ao Mar” que representa a liberdade, autonomia e a busca por direitos humanos. 2)Customização dos materiais: As fantasias foram confeccionadas com materiais recicláveis. 3)Preparação para o Desfile: A concentração ocorreu com trajeto pré-definido, passando por pontos turísticos importantes da cidade. 4)Imersão e vivência no Desfile: Os acadêmicos interagiram com usuários, familiares e profissionais da rede de atenção psicossocial, em alas que levantaram questões sociais importantes, como a inclusão social. Resultados: A experiência permitiu trocar vivências com os usuários, compreender a importância do desfile e observar a relevância da descentralização da assistência para favorecer a inclusão social. Conclusão: Participar do movimento permitiu compreender a importância de combater estigmas reforçando a necessidade de serviços de saúde mental humanizados, ao permitir que os usuários vivenciem suas dificuldades de forma menos sofrida e estreitando a relação entre a loucura e a saúde através da arte.