Apresentação: As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs), de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), estão entre as causas de doenças mais comuns no mundo, representando um grave problema de saúde pública. Isso geralmente acontece devido ao diagnóstico e tratamento tardios, o que pode levar a problemas adicionais de saúde. Entre os grupos vulneráveis estão os adolescentes, que muitas vezes iniciam a vida sexual precocemente, sem a devida orientação ou conhecimento sobre os riscos e formas de prevenção dessas infecções. Estudos mostram que o início precoce da atividade sexual está associado a um maior risco de contrair ISTs. Na adolescência, que é uma fase marcada por intensas mudanças biológicas, psicológicas e sociais, a sexualidade emerge como um componente central do desenvolvimento. Muitos adolescentes carecem de informações precisas e acessíveis sobre a saúde sexual e reprodutiva, o que pode levar a comportamentos de risco. A falta de educação sexual nas escolas e a insuficiência de diálogos abertos sobre o tema no ambiente familiar também contribuem para o aumento da vulnerabilidade entre os jovens. Nesse sentido, torna-se indispensável a realização de ações educativas para estudantes da rede pública de ensino sobre os tipos, métodos de prevenção, apresentação clínica e tratamento das ISTs. Objetivos: Relatar a experiência de acadêmicos de enfermagem durante ações de educação em saúde sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, tipo relato de experiência, realizado por acadêmicos do curso de bacharelado em enfermagem do Instituto de Saúde e Biotecnologia (ISB/UFAM), nos dias 08 de março e 14 de maio de 2024. As atividades foram desenvolvidas durante as ações do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX) com o projeto intitulado “Prevenção de ISTs para Estudantes da Rede Pública de Ensino no Município Amazônico”. Para realizar as ações, utilizaram-se dinâmicas e palestras audiovisuais. Resultados: As atividades foram realizadas por meio de visitas a duas escolas estaduais de ensino médio, no turno da noite, e tiveram duração média de 2 horas. Durante as palestras, abordaram-se diversos assuntos relacionados ao tema. Foram elencadas as principais ISTs como HIV/AIDS, HPV, HBV, HCV e Sífilis, e suas manifestações clínicas, tratamentos e profilaxias. Participaram das ações 87 alunos e observou-se que a maioria dos estudantes possuía pouco conhecimento sobre os tópicos abordados, mas demonstravam interesse em aprender o conteúdo. Além disso, na ação mais recente houve a realização de testes rápidos para os estudantes, coletados pelos profissionais de saúde de uma Unidade Básica de Saúde. Considerações Finais: A atuação de acadêmicos de enfermagem na prevenção de ISTs através de palestras educativas para jovens do ensino médio mostrou-se eficaz na promoção de conhecimento e na possível mudança de hábitos de risco. Logo, a replicação dessas intervenções em outras escolas pode contribuir significativamente não só para a redução da incidência de ISTs e para a formação de uma sociedade mais informada sobre a importância da saúde sexual, mas também para tornar os acadêmicos mais qualificados para o mercado de trabalho, preparando-os para enfrentar, após a graduação, os desafios reais da saúde pública.
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