No Estado da Bahia, os casos de dengue aumentaram significativamente em 2024, intensificando 667% em comparação com o mesmo período do ano anterior. Até 13 de abril de 2024, o estado registrou 134.953 casos prováveis de dengue. Devido a vários fatores externos à saúde que desempenham um papel importante na propagação da doença e do transmissor, controlar a dengue atualmente é uma tarefa dificil. Em 2022, o Ministério da Saúde recomendou o uso do Larvicida VectoBac®WG à base de Bacillus Thuringiensis Israelense para combater Aedes aegypti e Aedes albopictus. Porém em setembro de 2023, a Coordenação-Geral de Vigilância de Arboviroses, recebeu um comunicado da Diretoria de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde da Bahia, informando que alguns agentes de combate a endemias que trabalhavam com o produto tiveram intoxicação exógena possivelmente associado ao uso do larvicida VectoBac®WG. O objetivo da pesquisa é relatar a experiência sobre o acompanhamento dos impactos no processo de trabalho dos agentes de endemias da Região de Alagoinhas do Núcleo Regional de Saúde Nordeste (NRS-NE) com a mudança do larvicida. A avaliação ocorreu no período de março e abril de 2024, na Macrorregião Nordeste da região de Alagoinhas que é composta por 18 municípios. O aumento dos casos de dengue no estado o Centro de Operações de Emergências de Saúde Pública para Dengue e outras arboviroses exigiu o monitoramento dos municípios epidêmicos, endêmicos, em alerta e em risco. Frente a isto, a vigilância epidemiológica do NRS-NE iniciou a programação para visitas aos municípios epidêmicos, que está em andamento. Já foram visitados seis municípios prioritários. Durante as visitas, foi identificado o receio do uso do novo larvicida, mesmo já sendo implantado no país, visto que em 2022, a região de Alagoinhas ainda fazia uso do larvicida espinosade até março. Destacaram o alto teor de toxidade deviso oa casos em investigação para intoxicação éxogena, troca do larvicida sem aviso prévio, falta de equipamentos de proteção individual (EPI) específicos, ausência de conhecimento no manuseio e resistência profissional. Frente a essa situação o NRS-NE realizou o Colegiado de Vigilância Epidemiológica (COVIEP), no mês de março, um espaço consultivo com a abordagem dos seguintes tópicos: Mudança do larvicida espinosade para o larvicida biológico VectoBac®WG, destacando o manuseio, preparação e utilização, notas técnicas disponibilizadas pelo Estado e Ministério da Saúde focando nos EPI daequados para uso do produto. Neste colegiado, ficou pactuado que os participantes seriam multiplicadores em seus respectivos municípios, e foi solicitado a construção e implementação do plano de contigência para as arboviroses urbanas. Destaca-se que a região não está em uso do atual larvicida, devido aos ajustes na aquisição dos EPI´s adequados pelos gestores e a necessidade de capacitação. Para tanto, a mudança do larvicida tem tomado um direcionamento negativo pelos profissionais no comabte à dengue, na região de Alagoinhas, necessitando de medidads profissionais e gestoras que incentivem o uso do atual larvicida, e concorram com a diminuição dos casos de dengue na região e no Estado da Bahia.