A avaliação nutricional desempenha um papel crucial na identificação e compreensão dos distúrbios alimentares e de saúde, fornecendo uma base sólida para intervenções eficazes. Por meio de métodos como exames antropométricos, semiologia e inquéritos alimentares, é possível analisar de forma abrangente o perfil nutricional dos indivíduos e grupos, identificando possíveis carências e riscos à saúde. Utilizando uma abordagem descritiva e exploratória com enfoque quantitativo, a pesquisa objetivou analisar o estado nutricional, os padrões de consumo alimentar e a percepção sobre alimentação saudável entre os funcionários do Instituto Federal da Bahia (IFBA) em Santo Antônio de Jesus. A amostra do estudo foi composta por nove participantes, dos quais três eram do sexo masculino e seis do feminino, abrangendo diversas funções dentro do instituto, como professores, merendeira, nutricionista e pessoal de serviços gerais. A coleta de dados incluiu medidas antropométricas e de saúde, além de anamnese, recordatório alimentar e questionário de frequência alimentar. Todos os procedimentos seguiram as diretrizes éticas e foram conduzidos com o consentimento dos participantes, com os dados posteriormente processados utilizando o software Excel. Os resultados revelaram padrões preocupantes nos hábitos alimentares e na saúde dos funcionários do instituto. Foi observada uma alta prevalência de sobrepeso e obesidade, com uma parcela significativa apresentando índices de IMC acima do considerado saudável. Além disso, foi constatado um elevado consumo de alimentos ultraprocessados, ricos em gorduras saturadas, açúcares adicionados e sódio, enquanto a ingestão de alimentos ricos em nutrientes essenciais, como frutas, legumes e leguminosas, foi insuficiente. Os resultados também destacaram a influência dos fatores socioeconômicos nos hábitos alimentares dos funcionários. A distribuição de renda mostrou que a maioria dos entrevistados possui rendimentos que não permitem acesso a uma alimentação adequada, levando à escolha de alimentos mais baratos, porém menos nutritivos. Essa realidade socioeconômica também contribui para a falta de conhecimento sobre nutrição e a baixa conscientização sobre a importância de hábitos alimentares saudáveis. Medidas como programas de conscientização e workshops sobre nutrição são essenciais para capacitar os funcionários a fazerem escolhas alimentares mais saudáveis e promover mudanças positivas em seu estilo de vida. Além disso, a criação de uma Unidade de Alimentação e Nutrição (UAN) dentro do instituto poderia proporcionar refeições balanceadas e nutritivas, além de promover a educação alimentar e o desenvolvimento de habilidades culinárias entre os funcionários. A abordagem integrada proposta, que combina intervenções educativas com medidas práticas, têm o potencial de melhorar não apenas a saúde e o bem-estar dos funcionários, mas também de promover uma cultura de alimentação saudável dentro da organização. Ao oferecer recursos e apoio para a adoção de hábitos alimentares mais saudáveis, o instituto pode contribuir significativamente para a melhoria da qualidade de vida de seus colaboradores e para a prevenção de doenças relacionadas à má alimentação. A combinação de educação alimentar, acesso a alimentos nutritivos e apoio organizacional é fundamental para enfrentar os desafios relacionados ao sobrepeso, à obesidade e às doenças crônicas, garantindo assim uma melhoria significativa na saúde e no bem-estar dos colaboradores.