A saúde das populações em ambientes urbanos é influenciada por uma série de fatores interconectados e complexos. Um exemplo recente e marcante dessa interligação é a pandemia de Covid-19, que evidenciou como a densidade populacional, acesso a serviços de saúde, condições de moradia e até mesmo políticas públicas têm um papel crucial na saúde das comunidades urbanas. Além disso, a pandemia ressaltou que esses fatores não estão restritos a fronteiras geográficas, mas estão profundamente entrelaçados em um contexto global. No entanto, é importante destacar que a relação entre saúde e urbanização não se limita apenas a crises como a pandemia. O ambiente construído das cidades desempenha um papel fundamental na determinação da saúde pública a longo prazo. Aspectos como qualidade do ar, acesso a espaços verdes, disponibilidade de água potável e saneamento básico são elementos essenciais que impactam diretamente na qualidade de vida e bem-estar das populações urbanas. Nesse sentido, este trabalho buscou compreender como o ambiente construído influencia a saúde das populações urbanas no Brasil focando na Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV), no estado do Espírito Santo. Foi realizado um levantamento bibliográfico abrangente, analisando a relação entre o processo de urbanização e os desafios enfrentados em termos de saúde pública nas áreas urbanas do país e na RMGV. Ademais, explorou-se as principais intervenções e políticas públicas que continham objetivos de melhorar a infraestrutura urbana na promoção da saúde e o bem-estar das comunidades urbanas da RMGV.