Apresentação: As ações intersetoriais preveem a inclusão de membros da administração pública e da sociedade civil. Neste sentido, é de suma importância estimular a participação da comunidade local em espaços que dialoguem sobre os determinantes sociais da saúde, às quais são pensados os fatores sociais, econômicos, culturais, étnico/raciais, comportamentais e psicológicos, bem como os impactos e a importância da articulação dos setores para a inclusão das pessoas como protagonistas do seu autocuidado e do cuidado com a comunidade, da redução da desigualdade e da construção de um sistema de saúde equitativo e pautado na justiça social. Objetivo: Analisar descritivamente a intersetorialidade como instrumento de fomento à participação social na Atenção Básica do Distrito Federal. Metodologia: O presente estudo foi desenvolvido como produto de um módulo presente no componente teórico do Programa Multiprofissional em Atenção Básica da Fiocruz Brasília. Trata-se de uma reflexão crítica de profissionais em processo de formação inseridos em uma Unidade Básica de Saúde do Distrito Federal. Resultados: Visando a participação popular no controle social do SUS e pautando a reflexão, discussão, sugestão e defesa de estratégias governamentais que ocorrem através de representações presentes nas Regiões Administrativas do Distrito Federal, e ainda objetivando a redução das desigualdades sociais, das expressões de violência e outros temas pertinentes ao coletivo, são realizadas reuniões com a participação da população do território, a exemplo as reuniões mensais com a comunidade, de âmbito local, que ocorrem entre a gestão de uma unidade básica de saúde com a comunidade do território adscrito à sua atuação, e a reunião da Rede Social Paranoá Itapoã que engloba duas RAs pertencentes à mesma Região de Saúde e propõe dialogar de forma intersetorial juntamente com a população sobre questões que atravessam os territórios. Tendo como alicerce os preceitos do modelo freireano, a participação social, enquanto um princípio que rege o SUS, espaços que garantam que a população participe ativamente nas discussões e decisões permitem a ampliação da concepção de saúde, a inserção de populares no controle popular e na atuação mais ativa. É imperativo compreender a saúde a partir da concepção holística e intersetorial, favorecendo o desenvolvimento das pessoas na participação e controle social, cuja finalidade é a busca pela equidade do acesso às ações e serviços de saúde constituídas a partir dos determinantes e condicionantes de saúde para construção de um territórios saudável e sustentável. Considerações: Ao promover ações alinhadas aos determinantes sociais de saúde, a intersetorialidade assume um importante papel no que se refere ao combate e redução das iniquidades em saúde e a participação e controle social. Para tanto, faz-se necessário o fomento de espaços de diálogos horizontais entre instituições, gestores e a população.