O Papel do Acolhimento na Saúde Mental para a Garantia de Direitos: Experiências e Reflexões do CAPS AD III de Palmas

  • Author
  • Liziane Silva Cruz
  • Abstract
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    APRESENTAÇÃO: O acolhimento é uma prática essencial nos serviços de saúde, alinhada à Política Nacional de Humanização (PNH), visa promover uma atenção integral e resolutiva aos/às usuários/as desde o momento de sua chegada ao serviço. Esse processo é fundamentado em diversas dimensões que se entrelaçam no contato imediato com os usuários, determinando a qualidade do vínculo estabelecido desde o primeiro encontro. Compreender a maneira adequada de abordar os/as usuários/as é necessário para construir um vínculo sólido, no qual se inserem elementos como a postura profissional e o uso de uma linguagem que se aproxime com a realidade do/da usuário/a. A comunicação humanizada também desempenha um papel significativo nesse processo, possibilitando uma interação mais empática e acolhedora. Aliado a isso, é basilar uma ação que promova um espaço seguro para todas as pessoas, independente de raça, etnia, identidade de gênero, sexualidade, deficiência, idade e religião. DESENVOLVIMENTO: Este resumo trata de uma breve sistematização da experiência enquanto assistente social e residente de saúde mental da Fundação Escola de Saúde de Palmas, na realização do no Acolhimento Inicial no CAPS AD III de Palmas – Tocantins. Dentre as ações realizadas no dispositivo, tem-se o Acolhimento Inicial como o momento de admissão do/da usuário/a no serviço, sendo o primeiro contato. As reflexões deste resumo partem da experiência na prática profissional neste dispositivo da RAPS e das discussões em momentos de preceptoria, observando esse momento do entendimento como ambiente fundamental de construção de vinculo e efetivação de direitos.  RESULTADOS: No CAPS AD III, especificamente, o Acolhimento Inicial se caracteriza como o momento de inserção do usuário ao serviço, ou seja, seu primeiro atendimento na instituição. Através do instrumental, que leva o mesmo nome, realiza-se uma espécie de entrevista que possibilita conhecer a realidade do/a usuário/a no que tange seu contexto social, cultural, econômico, e como essas questões se entrelaçam com sua relação com as substâncias psicoativas. Nesse momento, é indispensável a utilização de uma comunicação esclarecedora e didática na realização das perguntas. Na realização do acolhimento inicial também podem ser inseridas intervenções e orientações, como a educação em saúde, orientações acerca da prática terapêutica de redução de danos, e a afirmação do serviço enquanto espaço de direito da comunidade e de livre acesso ao/a usuário/a. CONSIDERAÇÕES FINAIS: O acolhimento, portanto, não se limita apenas à recepção administrativa ou à criação de um ambiente confortável, mas também engloba ações de avaliação e encaminhamento para os serviços adequados na rede de atenção à saúde. É através da observação sensível, da análise cuidadosa e tratamento humanizado da demanda que poderemos, enquanto profissionais e Técnicos de Referência, garantir uma assistência integral ao usuário, articulando as redes de serviços para assegurar a continuidade do cuidado. Assim, o acolhimento inicial se configura como um processo dinâmico e amplo, permeado pela humanização do cuidado e pelo compromisso dos/das profissionais em oferecer uma atenção qualificada e respeitosa aos/às usuários/as, desde o primeiro contato e durante acompanhamento contínuo ao longo do tratamento no serviço.

  • Keywords
  • acolhimento, saúde mental, CAPS
  • Subject Area
  • EIXO 6 – Direito à Saúde e Relações Étnico-Raciais, de Classe, Gênero e Sexualidade
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