Introdução: As arboviroses são um sério problema de saúde pública pelo potencial de dispersão, como a dengue, chikungunya e zika, que tem como agente transmissor o mosquito Aedes aegypti que se faz presente em todo o território nacional em ambientes que favoráveis à sua disseminação. Para combatê-las, torna-se necessário criar espaços de diálogos que contribuam para prevenção dessas doenças, como os comitês de enfrentamento que de forma coletiva e intersetorial, deliberam e promovem estratégias de promoção e prevenção direcionadas ao cuidado com os ambientes e à saúde da população. Objetivo: Relatar as experiências vivenciadas no Comitê de Enfrentamento às Arboviroses em um município localizado na região do Sertão Central, estado de Pernambuco. Desenvolvimento: Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, resultante de um trabalho intersetorial proposto pelo Comitê de Enfrentamento às Arboviroses. Assim, reuniões foram realizadas pela Vigilância em Saúde da VII Gerência Regional de Saúde (VII GERES), no mês de março de 2024, em parceria com representantes de hospitais, batalhão, escolas, faculdades, Departamento de Trânsito (DETRAN), garis, agentes comunitários de saúde, equipes saúde da família, dentre outros, apresentando os indicadores que revelavam o crescente número de casos de arboviroses no território, assim como, foi realizado uma abordagem sobre o mosquito, suas características e formas de prevenção. Foram feitas explanações e em seguida abertura de espaços que promoveram diálogos entre os participantes a fim de estimular a conscientização social e proporcionar mudanças comportamentais direcionadas à promoção e prevenção da saúde da população e com isso contribuir para criação de estratégias para o plano de ação de combate à dengue e outras arboviroses, elencando as tarefas de cada instituição ali representada no enfrentamento ao Aedes aegypti. Resultados: A intervenção promoveu mutirões de limpezas, identificações de focos pelos bairros e casas pelos agentes comunitários de saúde, limpeza das ruas, a fim de evitar a disseminação da doença e potencializar a sua prevenção. Além de realizações de rodas de conversas e palestras nas escolas, faculdades e cursos técnicos, fundamentais para conscientização individual e coletiva da população. Contou, ainda, com o apoio do DETRAN para remoção de veículos abandonados que eram focos de mosquitos, bem como capacitação dos profissionais de saúde sobre a importância das notificações de casos suspeitos de arboviroses e o manejo que favorece a identificação precoce da doença. Considerações finais: Espera-se que as ações propostas pelo Comitê de Enfrentamento às Arboviroses contribuam para reduzir e/ou eliminar a proliferação do mosquito transmissor, pois o comprometimento e responsabilidades mútuas, pois acrescidas ao processo de educação em saúde potencializam as ações de combate ao vetor, por meio de uma mobilização intersetorial e interinstitucional que favorecem a prevenção, o combate efetivo ao vetor e à propagação da doença. O controle das arboviroses é um desafio de saúde pública, principalmente, pela mutação do vetor ao longo dos anos. No entanto, com a ação de comitês com uma base de integrantes ativos e engajados, o controle poderá ser alcançado.