As Coordenadorias Regionais de Saúde (CRS) são órgãos regionais de representação da Secretaria de Estado da Saúde (SES) e têm por função desenvolver ações de coordenação, planejamento, fiscalização, monitoramento e avaliação em saúde junto aos seus municípios de abrangência. A 4ªCRS é responsável pelo apoio de 33 municípios, com população total estimada de 554.003 habitantes. Cabe ressaltar que, 100% dos municípios da 4ªCRS foram afetados pela enchente. Ainda, devido ao ano de eleições, ocorreram mudanças de 64% de secretários de saúde na região, fato que impacta diretamente na gestão de estratégias e ações de respostas à tragédia. Considerando que a grande maioria não tem experiência na saúde e/ou gestão, bem como permanecerão no cargo apenas até o final do ano de 2024. É de conhecimento do País e mundo a atual situação de desastre climático do Estado do Rio Grande do Sul (RS). Trata-se de uma tragédia de grande escala, impactando negativamente tanto a população quanto o meio ambiente. Durante o período chuvoso intenso, os rios transbordaram, resultando em inundações generalizadas em várias regiões do Estado. Esse desastre trouxe consigo uma série de consequências devastadoras, incluindo perdas de vidas humanas, danos materiais significativos, deslocamento de comunidades inteiras, interrupção de serviços básicos e prejuízos à economia local. As populações afetadas enfrentam não apenas a perda de moradias e meios de subsistência, mas também o trauma emocional associado à experiência do desastre. Nesse contexto, as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) desempenham um papel crucial na promoção do bem-estar físico, mental e emocional das pessoas afetadas pelas enchentes e dos trabalhadores envolvidos nas operações de resgate e assistência. Em situações de desastre, o estresse emocional e psicológico pode ser tão prejudicial quanto os danos físicos. É importante reconhecer que as PICS são um complemento importante aos serviços de saúde convencionais. Além disso, é fundamental reconhecer o impacto do desastre nas equipes de resgates e assistência. Os trabalhadores envolvidos enfrentam condições extremas, exposição a riscos e uma carga emocional pesada decorrente do trabalho. Nesse sentido, a não medicalização se torna fundamental para garantir o bem-estar desses profissionais. Assim, investir em PICS não é apenas uma questão de opção, mas uma medida essencial para promover a saúde e o bem-estar das pessoas afetadas. Essas abordagens oferecem uma perspectiva mais holística e centrada no ser humano para a prestação de cuidados de saúde, auxiliando as pessoas a se recuperarem e a se fortalecerem diante da adversidade.