TRANSMISSÃO VERTICAL DO VÍRUS DA IMUNODEFICIÊNCIA HUMANA EM SERGIPE

  • Author
  • ANA BEATRIZ DE LIRA SOUZA
  • Co-authors
  • MARCO AURÉLIO DE OLIVEIRA GÓES , HERÁCLITO MENEZES DA SILVA JÚNIOR , JOÃO PEDRO VIANA DE ASSIS NUNES , LUCAS ROSARIO CHAGAS
  • Abstract
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    APRESEBTAÇÃO: A infecção pelo HIV é uma infecção sexualmente transmissível que também pode ser transmitida verticalmente, quando a gestante acometida pelo vírus, sem o tratamento oportuno e adequado, transmite o vírus para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação. Adota-se como meta nacional a redução a menos de 1% o número de casos de HIV em crianças ou a eliminação do número de casos. O trabalho tem como objetivo analisar a transmissão vertical do HIV no estado de Sergipe no período de 2008 a 2022Desenvolvimento do trabalho: Trata-se de um estudo com componente transversal, do tipo avaliação de sistema de vigilância epidemiológica e longitudinal retrospectivo de gestante vivendo com HIV, no estado de Sergipe, no período de 2008 a 2022, que visa avaliar a taxa de transmissão vertical e os fatores sociodemográficos associados. A amostragem foi composta por 1326 notificações de gestantes com HIV, os dados foram obtidos através de relatórios do SINAN, disponibilizados pela Secretaria de Estado da Saúde. Resultados: O sistema de vigilância de gestante vivendo com infecção pelo HIV no estado de Sergipe, mostrou-se com bons índices de completude alcançando 90% de registros das variáveis sociodemográficas e obstétricas. Foram encontradas menos de 5% de inconsistências quanto a evolução da gestação. O sistema foi avaliado como inflexível por não ter atualização de normas para notificação desde 2006. Considerado inoportuno porque apenas 71% das gestantes fizeram uso de TARV. Identificou-se que o perfil sociodemográfico das gestantes com HIV era da faixa etária de 20 a 29 anos, com baixa escolaridade, de raça parda, residentes de zona urbana e a principal ocupação é ser dona de casa. Foi identificado um aumento progressivo da taxa de detecção de gestantes vivendo com HIV e crianças expostas ao vírus. A distribuição espacial da taxa de detecção de gestantes com HIV em Sergipe não apresenta distribuição aleatória, concentrando-se em áreas urbanas, na capital e cidades circunvizinhas. Sergipe apresentou uma taxa de transmissão vertical de 5,56%. Considerações Finais: O sistema apresentou boas taxas de completude, mas ainda apresenta campos com preenchimento incorreto, sendo necessário o aprimoramento e sensibilização dos profissionais para o uso do sistema. O risco de transmissão vertical em Sergipe é considerado alto pois apenas 71% das gestantes fizeram uso de TARV. Sergipe possui um perfil de gestantes com HIV de mulheres jovens e com baixa escolaridade, essas condições socioeconômicas podem tornar as mulheres vulneráveis ao HIV e sua transmissão vertical. Há um número crescente de gestantes vivendo com HIV, o que consequentemente mais crianças expostas ao risco de transmissão vertical do HIV, com concentração em áreas urbanas. Há necessidade de educação permanente para operacionalização do sistema de vigilância, busca ativa para o pré-natal de gestante vivendo com infecção pelo HIV para estabelecer o tratamento adequado e oportuno para evitar a transmissão vertical do HIV.

     

     

  • Keywords
  • Gestantes; Síndrome da imunodeficiência adquirida; Transmissão Vertical de Doença Infecciosa; Avaliação de serviços de saúde; Sistema de Vigilância em Saúde.
  • Subject Area
  • EIXO 5 – Saúde, Cultura e Arte
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